Xenofobia e seus imigrantes
O caminho que aversão aos estrangeiros percorreu até hoje
O caminho que aversão aos estrangeiros percorreu até hoje
Por Érica Perazza
Há algum tempo os brasileiros imigravam para os EUA - muitos ilegalmente - movidos pela crença de novas perspectivas de vida. Atualmente, com a maior fiscalização nas fronteiras e alfândegas americanas, a Europa foi escolhida como um novo destino. Pessoas de outras nacionalidades também escolheram se adaptar a uma outra cultura em um outro canto do mundo.
As cidades de Londres e Madrid, entre as mais escolhidas e mais povoadas do continente, convidam seus turistas a se retirarem de uma forma nada amigável, às vezes por questões políticas.
Até a Primeira Guerra Mundial, a Europa se caracterizava pela forte emigração, ou seja, perdia boa parte de sua população para as Américas, a Austrália e alguns pontos isolados da Ásia e da África. O maior problema era, na verdade, o fato do crescimento populacional, pois ele se tornou excessivamente baixo, interferindo diretamente no crescimento vegetativo.
Tentando reverter a situação que tendia para quedas progressivas, houve vários estímulos a natalidade, mas sem nenhum sucesso significativo.
No entanto, após a Segunda Guerra Mundial, os fluxos populacionais se inverteram e a Europa passou a ter forte imigração. Cada vez mais vem crescendo o número de pessoas provenientes tanto de países da própria Europa quanto de outros continentes. Os estrangeiros procuram trabalho nos outros países de economia mais desenvolvida como Inglaterra, Alemanha, França, etc.
Na Espanha, por exemplo, aconteceu e ainda acontece a entrada de marroquinos pelo Estreito de Gibraltar. O litoral espanhol e o de Marrocos possuem uma distância de apenas 15 kilômetros, o que facilita o acesso de imigrantes ilegais.
Em parte, o problema da falta de mão de obra foi solucionado, mas posteriormente, a concorrência no mercado de trabalho se elevou e acirrou as tensões raciais, gerando enormes conflitos e um forte sentimento xenófobo.
Normas criadas pelo Tratado de Maastricht em 1991, que previa a livre circulação tanto de bens e capitais quanto de pessoas, foram resistidos por alguns países membros da União Européia, pois muita gente enxerga o imigrante como um intruso em seu território, como aquele que rouba o seu emprego.
Com isso, aumentou o número de participantes do partido neonazista, da direita ultranacionalista francesa e de movimentos de príncipios e índole terrorista como os skinheads. Mas do outro lado, não houve aumento do controle da pobreza e da marginalidade social, algumas das principais causas que fazem com que os imigrantes saiam de seu país de origem. Ainda, nos países que recebem esses elevados fluxos de pessoas, não foram implantadas soluções pacíficas, muito pelo contrário. Alguns países construíram cercas de mais de 8 kilômetros ao longo de sua extensão territorial. As culturas de todos os países deveriam se unirem para resolver o problema e não tornarem-se cada vez mais isolados, afastados e individualistas, gerando mais conflitos e mais xenofobia.
Um comentário:
Bem escrito curti. Parabens!
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