Welcome* Bem-Vindo * Kirzeer * Benvenuto * Bienvenue * Willkommen * Välkomnande * Nрием * 歓迎 * Selam * 欢 * Witajcie *

26 de mar. de 2009

Tubinhos Cítricos

- Achei que você ia passar na USP.
Pois é, pai, eu também. E dessa vez eu realmente me vi perdida andando pela Cidade Universitária. Não passar, não foi uma decepção, por maiores que fossem minhas expectativas.
Estas estavam concentradas na Cásper. Contudo, ao passar do tempo minha ilusão apaixonante foi evaporando-se.
Era uma obsessão minha, uma obsessão besta.
E se não fosse o lugar que eu deveria estar?
Eu deveria pensar nisso, mas na verdade eu considerei outros valores que não importam agora.
O importante é que eu estou amando de verdade a PUC.
E eu não sei por que.
Quando eu chego, na maioria das vezes por volta das 18h20, entro pelo portão do Comfil. É prédio quase clandestino, como dizem meus amigos "um puxadinho" da PUC. Não tem infra-estrutura nenhuma. Se você passar lá, não diz que AQUILO é um campus. Bom, não é um campus mesmo.
Tem uma lachonete que eu nunca frequentei, com mesinhas de buteco. A primeira vez que ousei a comprar algo, fui advertida por fontes confiáveis que lá não era bom. E não tem lixo lá. Os únicos que eu achei são aqueles grandes, quase do meu tamanho de reciclagem. Mas eu tenho que por a mão na tampa para abrir. E isso não é uma coisa que a minha religião permite.
O prédio todo é a céu aberto. É uma maravilha quando chove. Para subir até a minha sala, tem uma rampa cansativa e minúscula. Se eu tivesse 10 quilos a mais, não seria possível passar por ela. A minha sala de aula é das melhores de todos os campi. As cadeiras (exceto da parede da esquerda) são acolchoadas, algumas são rasgadas e são estilo quarta-série, bem melhor do que aquelas de um braço só. É bom para deitar nas aulas de Linguística e Política. Ainda tem uma TV de umas 36 polegadas que os professores só usam quando não tão mesmo afim de dar aula, a lousa é verde e nova. O teto é de isopor como toda boa escola. Do lado de fora, faltam algumas pedaços, mas nada que seja terrível, tanto que eu reparei sexta-feira passada.
Mas eu falei da melhor parte? Os banheiros.
São os mais fedidos que eu já entrei, não têm espelho (!), às vezes tem sabonete e quando tem é difícil funcionar naquele equipamento que sai sabonete liquído, cujo nome eu não sei.
Em outros tempos, eu jamais entraria num lugar que fede sabe se lá Deus o que e reinvidicaria por um espelho. Convenhamos que a PUC tem seu cheiro especifico. Daquela erva... e rola o dia inteiro. Dá para você ficar tapado só cheirando aquilo. Mas depois de uma semana, menos até, você se acostuma e nem liga mais.
O resto do campus da PUC é parecido ou pior. Algumas salas não tem alguns pedaços do chão de tacos, as portas são mais antigas e gastas do que havaianas de pedreiro, tudo emana velharia e abandono.
Bastaria pouca verba e muita tinta e seria o suficiente para reformar a PUC, mais nada.
Sempre há rebeliões um tanto quanto pacíficas sobre o assunto e claro, outros tantos. Mas nada muda.
Eu e meus amigos discutíamos outro dia por que diachos continua assim. Sem tom de indignação ou revolta, apenas curiosidade mesmo. Afinal, são tantos alunos, tantas mensalidades pagas e bocas para reinvidicar. Igual ao Brasil vs. Governo.
Acontece que por mais que reclamem ou não, lá não tem pessoas acomodados e conformadas com o mundo. Muito pelo contrário. É demais conhecer pessoas que odeiam a Veja e possuem outras opiniões comuns. Tirando as vezes que me sinto um ET por não gostar de cerveja e gostar de Keane ( entre outras coisas "alternativas"), eu me sinto em casa na PUC. Todo mundo fala gritando e gosta de cometer suicídios gastronômicos.
A possibilidade que meu pai diz que se eu não ajudar a pagar minha faculdade, ele vai ter que trancar minha matrícula, me corrói. É como se fosse possível a felicidade se calar no silêncio mais profundo.
Eu ter feito cursinho tudo de novo ano passado não é nem a angústia maior. Eu ficar brisando pelo resto da minha alvorada, juntando dinheiro e fugir para Londres, abandonar tudo logo de uma vez também não faz parte mais do meu plano-temporário de vida. Mas me livrar do lugar que eu demorei a encontrar tão rápido? O lugar caído e podre que considero encantador?
Não!
Eu amo lá agora, não quero sair mais. (Só daqui 4 anos) Eu sei que aqui e agora é onde tenho que ficar por enquanto. Londres estava no mesmo lugar e vai ficar por um bom tempo... (eu espero). O agora corre destrambelhado por todos os cantos sujos e límpidos do tempo.
Tive que passar no Doces Santa Rita, eu precisava de um doce. Mais especificamente dos meus queridos tubinhos citrícos. Um tanto contraditório.
Cheguei lá e não tinha para variar. Estava em falta.
Peguei um outro pacotinho de bala de gelatina de morango. Contentei-me.
Do nada, isso me veio como uma metáfora. Não lembro mais como, mas fazia um sentido extremamente filosófico, juro.

Eu não estava me dedicando aos meus sonhos.


Para variar.





Que meus sonhos sejam mais uma vez prolongados... (de novo) - eu pensei.
Mas dessa vez eu não senti que eu estava perdida, perdendo tempo, perdendo fôlego, perdendo dinheiro, perdendo a vida.
Eu sinto que esperei tanto para a vida realmente começar. Tendo tubinhos citricos na mão ou não.
O fato é que não somos acomodados, conformados, preguiçosos. Nós nos contentamos com o que temos, o que conseguimos. E ficamos felizes com isso, mais do que com a primeira opção.
Eis meu slogan de um tempo atrás que se sobressai mais uma vez: Só porque não é perfeito, não significa que não seja bom o suficiente.

Ou no caso, melhor.

outros sabores, gostos, cheiros, visões, sensações no mundo. Temos que abrir nossa alma a ele e aí sim seremos capazes de atingir a perfeição desenhada exclusivamente para cada um de nós.

19 de mar. de 2009

K E A N E W E E K - Parte 3 @BH yet!

Quinta-Feira, 12/03/09


Eu não dormi, desmaiei. Mas às 6h05 eu estava acordada com a luz do amanhecer de Belo Horizonte. Não dá para continuar a dormir com uma luz ofuscante bem na sua cara.
O pior era que estava muito calor. Aquela brisa fresca, quase fria da noite anterior que atrapalhara meu visual descente nas fotos, havia ventado para longe.
Eu queria chegar o mais cedo possível, todavia o Oz demorou um pouco para acordar e o nosso processo mental lento também não facilitou. Lá pelas 7h40, saímos da casa dele e fomos em direção ao Chevrolet Hall. O ônibus até lá fez um caminho turístico pelas ruas de Belo Horizonte. Tudo era agitado naquela hora do rush, mas não estressante, caótico, frustrante. Havia trânsito, mas era algo normal pelo excesso de carros. As pessoas também não tinha cara de cú, de conformismo miserável. BH era mais calma, mais colorida pelos outdoors, diferente de São Paulo. Muito. Mas mesmo assim, sabendo que existe um lugar tranquilo com pessoas normais, onde se é possível se viver melhor e mais, eu não troco Sampa. É a minha cidade.
Troco por Londres numa boa, claro. Até Nova York.
Avistamos o Chevrolet Hall e assim que chegamos lá, vimos que já haviam uma aglomeração. Eu fui a primeira a ver, Oz e Beca os primeiros a se espantar.
- Já tem gente.

Oz se surpreendeu com os invasores bárbaros na cidade dele. Em BH não existe isso de ficar o dia inteiro na fila. No dia anterior, os meninos tentaram nos persuadir, com argumentos que o povo de lá é desencanado (eles quiseram dizer isso, não usam essa palavra lá e nem "bizarro", "sussa", etc). Mas eu e a Beca sabíamos disso. Não era essa a questão. Queríamos chegar antes de "you-know-who", sermos as primeiras a entrar na pista e pegar o lugar do meio, em frente do Tom. Embora eu soubesse que sempre ficam do lado esquerdo ou direito. Tanto que na passagem de som, exatamente, nem mais nem menos, onde Sir Tom Chaplin estava não tinha ninguém.

Chegamos às 8h05 e falhamos na nossa missão. Haviam 11 pessoas, pegaríamos grade obviamente. Havia um pessoal legal do Squad, a Fê, a Paulinha, a Cris. Elas fizeram uma lista com os nomes para não dar confusão na fila como em São Paulo.
Os cidadãos de BH não tem ódio no coração, ignorância, raiva, stress, eles são tranquilos e fofos demais para isso, mas mesmo assim, era bom fazer a lista.
- Érica, né e a sua amiga?
- Sim, ela é a Rebeca. - Como diachos ela sabia meu nome se ninguém tinha pronunciado uma palavra? E tava na cara que mesmo assim ela ia escrever meu nome com K só para variar.
Ela escreveu o nome do Oz também, mesmo ele dizendo que ia para a aula e voltaria 'rapidim'.
Rebeca reconheceu a Marul, uma fã argentina, que veio assistir o show do Keane aqui também.
Disse que conhecia a Gaf e outras coisas.
Eu começei a comer sucrilhos para não desmaiar de fome.
Eu e a Rebeca estávamos conversando quando veio um grito "owww" súbito. Eu imaginei quem seria o bêbado aquela hora da manhã, quando eu percebi que era o Oz acenando dentro do carro do Rafa (eles fazem a mesma facul), e aí o carro desapareceu dentro do estacionamento.

Era 10h15!
Como eu falei para eles, eu sabia que iam voltar para a fila umas 10h30 ou antes. Acertei. Ver o Keane no hotel havia mudado a vida, a personalidade deles para sempre.
Veio logo em seguida o Mário, um amigo deles também. O Rafa deu a idéia de ele se passar pelo Drano e colocar o nome dele na lista, uma vez que ele iria demorar para chegar. Era aniversário do Drano e do Rafa naquele dia. No mesmo dia do show do Keane, nada mais conveniente e perfeito. Antes, na casa do Oz, quando deu meia-noite, ele pegou uma vela e acendeu numa laranja e cantamos parabéns para o Drano.
Olhei para o relógio e vi que eram 10h39. Levantei meus olhos para a rua, para o movimento ou a falta deste em BH. Onde estavamos primeiramente agrupados na fila, na entrada no estacionamenento do CH ( e depois tivemos que mudar para o meio da calçada!) havia uma van prata estacionada, a idolatrada Banana Veloz. Comentei discretamente com a Rebeca e fiquei observando, fingindo me proteger daquele sol ardido.
Mas era a crew provavelmente, montando o palco. Poderia ser o Keane reconhecendo o território, e voltariam para o hotel e almoçar, ué.
Só sei que eu não tirei os olhos daquela van um segundo. eu não estava sentindo nenhum impulso me puxando para lá, logo não era nada mesmo. Tanto que ninguém deu bola para a Banana Veloz.
Rafa e Oz ficaram até umas 11 horas na fila, quando foram colocar o esquema número quatro em ação. Eles só voltaram lá pelas 14 horas. Ficamos com vontade de matá-los. Precisavámos fazer xixi e nossa fome começava a incomodar os tecidos dos nossos estômagos.
Quando voltaram, a fila já havia crescido. Renata, uma menina de Brasília, e o seu pai, e um menino que por coincidência também era de lá e estava esperando o primo, se esticavam no plástico bolha que o pai da Renata comprara. Bem melhor que sentar no chão.
Por fim, eu e Becks fomos almoçar.
Enrolamos para escolher o que comer. Não havia muitas opções naquela praça de alimentação minúscula daquele shopping que era o Iguatemi de lá. O Spoleto estava com uma placa escrita "em breve". Almoçamos no restaurante do lado, após nos assustarmos com o preço de um outro tipo o Viena mais caro de lá.
Becks pediu um fettuccine gratinado e eu Inhoque a bolonhesa gratinado. Eu não gosto de bolonhesa (?), mas era minha única opção. O prato era gigante, não aguentei, pedi para embrulhar e depois demos para um zé povinho que ainda pediu a água da Becks. Como eu disse, você dá o dedo, querem a mão.
- Você dá a mão, querem o braço, num é assim? - disse Becks.
- Você dá o dedo, querem a mão. Você dá a mão, querem o braço. Fim.
Voltamos para a fila que crescera mais umas duas pessoas. Essas pessoas se não me engano, era a Julie, e o Marcos, o tal primo do menino de Brasília. ele tinha uma camiseta linda do Keane made-yourself!
Na fila, fizemos social com os outros fãs, mais um cartaz, comemos tubinhos (eu tinha visto nas lojas americanas de lá e comentado que seria um sinal de sorte).
Daí às 15h15, a van partiu.
Quando ela saiu, para mim tava na cara que iam buscá-los finalmente.
As 16h33, eu ouvi uma palioweekend prata buzinando. Vi atrás duas vans Banana Veloz pratas. Eu fui atrás, sem correr como alguns fãs decentes fizeram também.
Vi o Tim dentro do carro. YES! Eram eles mais uma vez. No ônibus para BH, eu havia dito que veríamos eles 7 vezes. Era uma promessa.
A primeira vez no soundcheck sortudo de 2007.
A segunda durante o show de 2007.
A terceira na soundcheck de 2009.
A quarta no show de SP em 2009.
A quinta no hotel em BH.
A sexta na passagem de som.
A sétima durante o show de BH.
Eu queria vê-los todos os dias, toda hora.
Eles saíram do carro, nos cumprimentaram, becks tirou fotos, alguns surtaram, outros deram gritinhos histéricos.
Já havia umas 20 pessoas na fila, mas eram 17 horas.

Começamos a sentir um frio na barriga tanto porque faltavam poucas horas para o show ( dependendo do ponto de vista) quanto porque ia ser um show quase particular. Aquilo dava medo... Uma muvucazinha se deu início na hora que ia começar a passagem de som. O pessoal que ganhou a promoção entrou. Um mulher gordinha começou a chamar cerca de uns vinte nomes da lista. Umas três, no máximo, apareceram. Era nossa chance. Rebeca deu um alôu para o R. que respondeu grosso. Duas meninas super fofas que infelizmente que esqueci os nomes, sorry, mas são as meninas dos bottons, elas ficaram conversando conosco um segundo. Contamos para elas que erámos do fã-clube oficial e tentaram nos ajudar para entrar. O Andy desceu, olhou para nós e desvirou.
- Eu ouvi ele dizer "No" - disse uma delas.
- Ele tá de mal comigo ainda... devíamos ter escondido nosso rosto.
- Devíamos ter fingido ser a tal da Amanda... O R. voltou e pedimos para ele para nós entrarmos:
- Já tem muita gente, lotado, num dá mais... não tem como.
- Mas somos do fã-clube e... E ele deixou a gente falando sozinha. ELA entrou.
- Ela sempre entra em todas as passagens? - Rebeca perguntou para nossa nova BFF ginger.
- Er... eu não sei... - ela repondeu sem graça, meio chateada.
- É, Becks, já era, não vamos entrar, já começou. - eu disse quando comecei a escutar The Lovers Are Loosing. Não ficamos tristes por não ter entrado. Afinal, tinha sido perfeito demais, nada ia estragar aquele momento. Claro que eu queria muito ter entrado, ainda mais porque eles tocaram 4 músicas: TLAL, TITLT, UP e Spiralling. Ainda desceram do palco, tiraram fotos exclusivas. Essa não foi a questão. Uns segundos depois, fiquei fula da vida. Vocês sabem. Não é justo. Todo mundo é fã igual, mas enfim. Como a Rebeca disse, estavamos é mal acostumadas. Desde o primeiro show do Keane nós entravamos nas soundchecks, quando eu nem se quer sonhava em ser tão fanática, quando Queen e Coldplay eram minha banda preferida, quando eu queria casar com o feio do Principe William... Pfff! A Rebeca ligou para o Rafa, perguntando onde raios eles estavam ainda... precisvamos ir pela última vez ao banheiro. Eles estavam no estacionamento e fomos direto para lá.
- Vocês não tem idéia do quão perto ficamos de entrar na passagem. - disse o Oz, meio fora de si. - É, nós temos... - eu tava p. da vida e não queria ficar para não estragar minha Keane Week. aí que eu fiquei mais p da vida.
- Nós conversamos com a BIG MOR BOSS * - Rafa começou a contar empolgado - e ela disse "por mim tudo bem, tem que ver com a banda". Ligou para a banda, eles autorizaram.
O Keane AUTORIZOU nossa entrada na passagem de som... aí tinha que ver com a produção deles... e não deixaram. - O Keane autorizou e a produção vetou. FIM. Não entramos.
- Morri... Afff... Depois dessa, preciso dar um rolê por aí. Fala sério... o próprio Keane liberar a gente... UAU.

Ainda estavamos ouvindo o Keane ao vivo lá de cima na arena do Chevrolet Hall quando fomos para o shopping. Fomos ao banheiro e depois numa lan do meio do shopping. Esfriei a cabeça e depois ri. Foda-se. Quando voltamos para a fila, o pessoal tinha acabado de sair da passagem. Reencontramos nossas amigas dos bottons e elas nos contaram tudo.
- Meu, do nada chegou uma mulher com um vestido banana... (BANANA VELOZ?) não entendi. Mas oh, foi demais! Eles são super simpáticos!
- Não são? E o Tom é lindo, mara! - Elas vão viciar em Keane agora como aconteceu com a gente, Érica.
- Quantas pessoas tinham?
- Umas seis... os quatro da promoção, nós duas. Ah, e aquelazinha.
- Out of the limit o escambau! - eu falei algo bem mais chulo na hora. Pela última vez, voltamos para a fila. E lá ficaríamos até o show começar. Quer dizer, até abrirem as portas. Lá pelas 19 horas e alguma coisa, ouve o surto, pânico, desespero. Senti raiva, queria bater em algum, precisava. Eu como pessoa e jornalista não posso admitir injustiça, nada errado, algo sem bom senso. NUNCA. Se não, não me chamo Érica Perazza.

Começou o boato que iam abrir as duas portas: a da frente e da de trás. A da frente, onde estavamos, nós que chegamos às 8hs, 7 horas da manhã... nós que ficamos mais de 12 horas na fila e ainda que filha duma puta do segurança tira sarro da nossa cara. Mas eu xinguei, briguei com ele, começei uma mini-revolução na fila.
- ABRE AQUI PRIMEIRO! - O coro era só eu, mas não desisti, logo uma gelerinha começou a gritar também. Foi a coisa mais estressante da minha vida, pior que vestibular ou qualquer coisa, e não pretendo sentir essa emoção novamente. 13 horas na fila, 8 horas e pouco de viagem, fiz tudo que pude e não pude pelo Keane para eu não pegar grade, ficar no fundão e aquele povo que chegou ás 20 horas ficar na minha frente? O caraleooooooooooooooooooooo. Eu fiquei mais que puta da vida e voltando a escrever isso, volta ficar. Aquele Chevrolet Hall é uma merda. Mal organizado, com um monte de segurança pretensioso. Ainda, separaram a fila. Homens de um lado, mulheres de outro. Mas tinha muito mais mulher. As 11 na minha frente, que chegaram primeiro, foram ultrapassadas por uns caras. Mas eu disse " tenham bom senso, chegamos primeiro, vamos ficar na frente, porra" E aí, como eu fui muito educada, eles disseram que tudo bem. Faço boxe, quero ver alguém se meter. Às 20h30 eu acho, abriram o portão. Corri, mas eu corri mesmo, pulei degraus tinham umas mega escadas pqp), disparei. Caraca, corri muito mesmo. Quando chegeui na pista, Oz, Rafa e Drano, estavam lá, bem no lugar que eu queria, em frente do TOM, no meio do meio! E não tinha mais ninguém. Aqueles desgraçados no fim, abriram a primeira porta. Rebeca se enfiou do lado do Oz. Ficou um pouco para a esquerda do Tom. Longe de mim pela primeira vez num show do Keane. - EEEEEEEEEEEEEEEEEEEE. - Ela gritava extasiada. Eu nem preciso dizer o quão feliz eu fiquei. Tinha dado tudo certo, como eu havia imaginado, programado, acreditado. Eu era o otimismo, a esperança do grupo hahaha. Minha intuição até aquele momento havia funcionado em perfeita simetria com o Keane. Meus impulsos tinham dado certo. Isso só podia ser um sinal para eu acreditar mais em mim mesma. Acreditar, enfrentar e conquistar. As coisas boas da vida realmente acontecem. Como sempre acontece, nas horas mais inapropriadas, eu precisava fazer xixi. Uma menina atrás de mim, disse, "vai lá, e depois volta que dá" Aha, e ela num ia roubar meu lugar VIP? Em frente ao TOM? NEVER. Que se dane, em algum outro momento eu ia esvaziar minha bexiga. Isso era uma verdade absoluta, um dogma. Mas ver o Keane? Só daqui uns 2 anos ou na Inglaterra. Ok, eu sou louca. Radiotape foi a banda que abriu o show em BH. Preciso dizer que foi cento e quatro vezes melhor do que Fresno? Naaa. O vocalista e o baixista ficaram o dia inteiro rodando o CH, tanto que uma hora eu perguntei:
- Vocês são do Radiotape? - Eu sabia que sim, a Rebeca conhecia a banda e ainda tinha conversado com o Caputo pelo Myspace. Eles cumprimentaram a gente com beijo na bochecha, olha que educados ( sou muito mais o Tom fazer isso e outras coisas, her). mas eles são bem simpáticos. percebi que estavam meio receosos com o show, tanto que pediram: - Ou, aplaudam, por favor, he.
- Claro! - Eu disse que eles eram meus idolos por terem me salvado de ver Fresno pela segunda vez na minha vida. Durante o show, nós ficamos gritando LULIS. Eu entrei nessa depois, sem saber, mas era divertido. Lulis é a tal da ex do vocalista, amiga do Oz. Radiotape foi bem recebido, só me irritou aqueles merchans deles. Pfff. O show acabou. Era avez do Keane. Eles atrasaram só uma hora. Eu não aguentava mais, até bocejei, que vergonha. O Oz encheu a minha bexiga rosa pink que a Julie me deu. Mas assim que começou o show, eu me desfiz dela. Alex, o fotógrafo deles, ficou entre o palco e a pista, bem na minha frente.
- Meu, o ALEX tá bem na minha frente, não vou ver nada! O Alex olha de soslaio e sai da minha frente na hora.
Uma hora depois... as luzes nos intrumentos acendem. YEAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
*gritos/berros e afins*
Eles fazem sua entrada.
Nesse ponto, o CH tava cheio, lotou do nada, foi incrível. Não estavamos dando nada para aquele povo, mas do nada uma multidão emergiu, e gritava, aplaudia, se emocionava. Eu senti orgulho de estar naquele show, naquela cidade. Uau.
Fato também que o Keane se surpreendeu. Eu NUNCA, NUNCA vi alguém tão feliz como o Tom estava. Juro por Deus. Nem eu fiquei tão feliz assim quando vi eles no Hotel, quando eu passei na faculdade e me livrei do cursinho, quando vi o Tim o cara mais lindo na minha vida, quando comprei meu ipod. Nem os brasilieros quando o Brasil ganhou o Penta em 2002. Ele sorria demais e a gente percebia que era real, sincero, autêntico. E por isso era melhor ainda... porque a gente sentia a felicidade dele... deles. Richard também estava bem humorado agora. Ele riu litros, principalmente quando eles se juntaram na frente para tocar o acústico e o Tom disse:

- This is my backstage band. - Todos riram, mas o Tom caiu na gargalhada literalmente. Depois, apresentou o Tim.
- This is Tim Rice-Oxley - e no Oxley ele deu uma pxada muito britânica.
Apresentou o Jesse Quin como o baixista de apoio e que tocava um pouco de tudo. Riu nessa parte também.
Eu ficava gritando RICHARD e ele olhou para mim umas duas vezes. Eu queria pedir a baqueta dele para a Lena. Oz fez uma mimica tosca e hilária para ele entender, mas não deu certo.
Eu continuei a gritar RICHARD porque ele tava na minha frente e eu não ia desistir, tinha que pegar a baqueta.
Tom apresentou o Richard.
- This is Richard Hughes, the most popular man in Brazil! - E riu mais ainda. Richard também riu e ainda fez cara de "Como assim?". A Lena ia morrer quando soubesse.

O pessoal da pista começou a bater o pé no chão... foi demais. O Rich olhou para o Tom e disse algo como "Olha isso, zenty!"
Não tem como explicar direito com palavras essa cena. Só digo que foi a mais incrível, mais emocionante, mais tudo que eu já vi!! A melhor de longe do show.Eles rindo demais, felizes, não teve preço. Nós ficamos extasiados também. Foi uma troca de emoções muito forte. hahaha.
Ao começar "This is the last time" , Sir Tom Chaplin riu no meio da música... ele não conseguia controlar aquele êxtase. Ai, foi lindo e fofo. (L)
Outros comentários sobre o show, tanto de SP quanto BH:

Atlantic, e é uma das minhas menos preferidas, mas ao vivo ela é uma das. E para mim, foi a surpresa do show, não tinha em nenhuma outra set list. You Don't See Me - "Essa ér uma cançon de protesto!" (SP) Quando o Tom disse isso, pensei que fosse PS. Em BH, " quando o Tom disse "Essa é nossa cançon mais linda!", pensei que fosse PS de novo.
Em São Paulo, a melhor foi "You Haven't Told Me Anything" Foi a que o Tom mais se empolgou, a que eu mais gritei, minha garganta fez até um som de rasgar! CROC.
Foi a primeira do CD que eu me apaixonei e esperava muito para ouvi-la ao vivo. A introdução é perfeita.
Em BH, a melhor foi PERFECT SYMMETRY:
De todos os milhares de vídeos que assisti no YouTube, nunca apresentaram a música dessa forma. Eles deram tudo de si, o Tom arrebentou na voz límpida dele. No meio da música, ele desceu no palco. " ELE VAI DESCER!" eu berrei. E do nada ele sumiu... pensei que ia passar na minha frente...
E que em Crystal Ball como ele faz, ia pular na grade. Mas aí, eu vi ele vindo, passando a mão na mão da galera ( tentei organizar essa frase de outro jeito, mas ia perder o sentido, pq foi exatamente isso que ele fez).

Só que bem na minha vez, ele parou... Eu não ia tocar na mão do TOM!

Foi quando ele pulou na grade...

EXATAMENTE...

EXATAMENTE !


MUITO EXATAMENTE MESMO...
NA MINHA FRENTE.

NEM MAIS UM CENTIMETRO PARA O LADO ESQUERDO NEM UM PARA O LADO DIREITO.

Preciso dizer que fui esmagada nessa hora porque todo mundo queria encostar nele? Mas preciso dizer que valeu a pena. HAHAHAHA. Eu master apalpei ele de novo... HAHAHA. Eu dei um abraço agarrado nele ( e aquela jaqueta é super fresca, gente! Descobri o segredoooooooooo!) Os eguranças vieram segurar ele, ele arregalou os olhos... e depois desceu.
- EU TENHO SUOR DE TOM CHAPLIN! - a Rebeca berrou do outro lado, esfregando no rosto. Crystal Ball sempre a melhor, a mais animada ao vivo. Não tem o que dizer. TODO MUNDO pulou, tanto na pista quanto na arquibancada, foi muito massa ver isso, such a beautiful view!
Já Again&Again que está como a minha preferida do novo CD (como se eu tivesse realmente uma música preferida do Keane! Pff!) ao vivo é estranhassíma, pelo menos na parte do piano do Tim. Não é ruim, mas preferia A Bad Dream de boa. Pelo menos em BH, afinal todo mundo ficou gritando para tocarem essa... tanto que acabaram tocando no Rio.Under Pressure, o que dizer? Amo Queen e o Freddie Mercury, eram meus favoritos até eu trombar com o Keane e Tom Chaplin. E Tom por sua vez, não fica atrás do Rei Freddie, não mesmo! Soa muito melhor. Eu sonhava em sentir essa música ao vivo e ouvi 2x...! (3, considerando que ouvi a passagem de som...)
Em BH, o solo do Tom foi "Bread and Break" no lugar de Playng Along. Foi uma pena não ouvir Sing us a swing time Brazilian melody"porque em São Paulo todo mundo grita demais, não dá para ouvir a voz do Tom, gente... Mas eu amo demais "Bread and Break". No lugar dela sem ser acústica, tivemos "Better than this". Essa parte eu filmei ( E a Rebeca disse que ficou ótimo, uhul) eu não cantei muito para filmar retinho e tal, e ainda eu segui a camera por onde o Tom ia. Ele dançava com aquela guitarra de uma forma rock'n roll muito provocadora (AI MEU DEUS, se eu pego ele ele tá...!) E a surpresa do show de BH foi essa. Quando ouvi essa música pela primeira vez, não gostei de cara. O tempo passou e eu mal ouvia ela. Mas como tava nas últimas set lists, eu dei uma estudada na letra e amei. É a melhor letra do PS. E ao vivo é MUITO melhor. Tanto pelo som quanto pela cena do Tom com aquela guitarra, ui.
No orkut eu vi que um menino ouviu duas meninas conversando:
- Quando ele entrou vi que só tocava um tiquim de guitarra e aí depois ele começou a cantar. Aí me toquei, que não era o guitarrista, ele era o vocalista.
- Ahhh é?
Bom, por fim, como todo mundo sabe, a última música foi BEDSHAPED.
Eu queria chorar porque era o fim, the final score, mas... eu tava muito feliz.
Na manhã seguinte, acordei cedo, quebrada, meio zumbi para ir embora para São Paulo.
Entrei no ônibus e senti uma vontade incontrolável de chorar. Eu estava muito exausta, roica, dolorida em partes do corpo que eu nem sabia que tinha. Coloquei meus óculos escuros e deixei as lágrimas escorregarem pelo meu rosto. Eu não queria que ninguém me visse naquele estado tosco. Duas das três coisas que odeio fazer em público é dormir e chorar. Oz e Rebeca acenavam para mim. Queria voltar ao tempo. Dor no peito. Ter aquilo mais uma vez. Mas não. Era sexta-feira 13. O dia da minha volta para a realidade hostil. A vida era assim. Eu sabia e repetia. Um sonho metade pesadelo.

Minha Keane Week havia acabado.

Meu sonho terminou e estava na hora de acordar.

"Was it just a dream, just a dream, coz it was real to me"


Final de show é como término de namoro (Alguns). A gente fica feliz que viveu aqueles momentos, triste porque acabou. A depressão começa porque parece que nunca mais vamos ser felizes daquela forma, mas depois, vem uma esperança, a gente sabe que a vida continua, que mais desses momentos, mais shows desses virão. E a gente volta a estar alegre. Continuamos a viver com esperança só, daquele jeito comum que todo mundo vive. Não do jeito intenso, ideal que vivemos às vezes, quase raramente. Mas a vida seria sem graça se fosse perfeita toda hora. Essas surpresas, esses esquemas, esses sonhos, esses detalhes que constroem quem somos e quem nos tornamos acaba andando por certos caminhos que seguem em direção a nossa vida.


Tenho que agradecer do fundo do meu coração por todas as pessoas especiais que eu conheci graças ao Keane! Do Brasil inteiro, Brasília, Curitiba (O cara idiota ainda soa no meu ouvido: " Eu vim de Cúretíbá, quero garanter meu logar), Rio, BH e afins.

E sem minhas darling groupies nada disso teria a menor graça:

Lena, a líder do movimento keaneano no Brasil, uma vez que é a futura mulher de Rich e vai liberar todas as entradas para nós. ( Se bem que eu vou pegar o Tom para mim...)

Céu, minha sogra que eu amei conhecer de verdade. A Louca mor!

Lu, a miss Keane Brasil, minha dupla de fotos mais toscas de 2009. Adoro.

Aline, por ter me aguentado surtando no show (como se ela não tivesse também)

Mika, a irmã normal da Gabe (como ela consegue?) hahah que ainda me explicou porque o Tom não ia cantar My SHADOW.

Gabe, a maior figura que eu conheço, louca, fofa, amante em conjunto do Jesse, que quase foi atropelada pelo Fresno. Que morte péssima...

Carol, que estava fora de si, cantando músicas bregas, que eu peguei um autografo e ela me deve sua vida ha, guardou a fila para gente durante a passagem de som ( e mesmo assim umas 30 pessoas entraram na minha frente, sendo que quando eu cheguei haviam umas 15 ou menos, mas ok.)

Beca, minha companheira oficial de shows do Keane e companheira dos melhores esquemas da vida!

Maria Lucia e Carol, mãe e filha, a mãe mais louca por Keane hahaha, super fofas que fizeram a faixa mais linda do mundo e que o TIM colocou no keyboard dele.

Teresa, uma das pessoas mais gente boa do mundo.

Meli, por ter entrado no nosso pacto que deu certo!

Nanny, nossa groupie mais recente e adorable AS WELL.

MC, a Demi Lovato, minha amiga surtada de Floripa.

Oz, por ter sido meu herói tanto em pegar o melhor lugar na pista quanto por me hospedar, me dando a chance de eu ter a mais experiência da minha vida.

Rafa, que pegou o cigarro do Tom, hahaha, me deu energético quando eu tava quase dormindo, fez um puta esquema que não deu certo, mas fica para a próxima.

Drano, por ter ido buscar a gente na rodoviária, no Hotel e não me
batido nenhuma vez durante meus surtos.


e claro, ao Keane,
Tom
Tim
Rich.


Sem essas pessoas mega especias não teria graça viver. A vida seria cinza, vazia, não seria um esquema.

Um esquema mara e definitivo !



Ah...

Esqueci alguém?




Andy??????



Quem? HAHAHAHA. Ele me deu uma água depois, então, ok.





THANK YOU, GUYS!



Fim.

K E A N E W E E K - Parte 3 @BH yet

Quinta-Feira, 12/03/09


Eu não durmi, desmaiei. Mas às 6h05 eu estava acordada com a luz do amanhecer de Belo Horizonte. Não dá para continuar a dormir com uma luz ofuscante bem na sua cara.
O pior era que estava muito calor. Aquela brisa fresca, quase fria da noite anterior que atrapalhara meu visual descente nas fotos, havia ventado para longe.
Eu queria chegar o mais cedo possível, todavia o Oz demorou um pouco para acordar e o nosso processo mental lento também não facilitou. Lá pelas 7h40, saímos da casa dele e fomos em direção ao Chevrolet Hall. O ônibus até lá fez um caminho turístico pelas ruas de Belo Horizonte. Tudo era agitado naquela hora do rush, mas não estressante, caótico, frustrante. Havia trânsito, mas era algo normal pelo excesso de carros. As pessoas também não tinha cara de cú, de conformismo miserável. BH era mais calma, mais colorida pelos outdoors, diferente de São Paulo. Muito. Mas mesmo assim, sabendo que existe um lugar tranquilo com pessoas normais, onde se é possível se viver melhor e mais, eu não troco Sampa. É a minha cidade.
Troco por Londres numa boa, claro. Até Nova York.
Avistamos o Chevrolet Hall e assim que chegamos lá, vimos que já haviam uma aglomeração. Eu fui a primeira a ver, Oz e Beca os primeiros a se espantar.
- Já tem gente.
Oz se surpreendeu com os invasores bárbaros na cidade dele. Em BH não existe isso de ficar o dia inteiro na fila. No dia anterior, os meninos tentaram nos persuadir, com argumentos que o povo de lá é desencanado (eles quiseram dizer isso, não usam essa palavra lá e nem "bizarro", "sussa", etc). Mas eu e a Beca sabíamos disso. Não era essa a questão. Queríamos chegar antes de "you-know-who", sermos as primeiras a entrar na pista e pegar o lugar do meio, em frente do Tom. Embora eu soubesse que sempre ficam do lado esquerdo ou direito. Tanto que na passagem de som, exatamente, nem mais nem menos, onde Sir Tom Chaplin estava não tinha ninguém.
Chegamos às 8h05 e falhamos na nossa missão. Haviam 11 pessoas, pegaríamos grade obviamente. Havia um pessoal legal do Squad, a Fê, a Paulinha, a Cris. Elas fizeram uma lista com os nomes para não dar confusão na fila como em São Paulo.
Os cidadãos de BH não tem ódio no coração, ignorância, raiva, stress, eles são tranquilos e fofos demais para isso, mas mesmo assim, era bom fazer a lista.
- Érica, né e a sua amiga?
- Sim, ela é a Rebeca. - Como diachos ela sabia meu nome se ninguém tinha pronunciado uma palavra? E tava na cara que mesmo assim ela ia escrever meu nome com K só para variar.
Ela escreveu o nome do oz também, mesmo ele dizendo que ia para a aula e voltaria 'rapidim'.
Rebeca reconheceu a Marul, uma fã argentina, que veio assistir o show do Keane aqui também.
Disse que conhecia a Gaf e outras coisas.
Eu começei a comer sucrilhos para não desmaiar de fome.
Eu e a Rebeca estávamos conversando quando veio um grito "owww" súbito. Eu imaginei quem seria o bêbado aquela hora da manhã, quando eu percebi que era o Oz acenando dentro do carro do Rafa (eles fazem a mesma facul), e aí o carro desapareceu dentro do estacionamento.
Era 10h15!
Como eu falei para eles, eu sabia que iam voltar para a fila umas 10h30 ou antes. Acertei. Ver o Keane no hotel havia mudado a vida, a personalidade deles para sempre.
Veio logo em seguida o Mário, um amigo deles também. O Rafa deu a idéia de ele se passar pelo Drano e colocar o nome dele na lista, uma vez que ele iria demorar para chegar. Era aniversário do Drano e do Rafa naquele dia. No mesmo dia do show do Keane, nada mais conveniente e perfeito. Antes, na casa do Oz, quando deu meia-noite, ele pegou uma vela e acendeu numa laranja e cantamos parabéns para o Drano.
Olhei para o relógio e vi que eram 10h39. Levantei meus olhos para a rua, para o movimento ou a falta deste em BH. Onde estavamos primeiramente agrupados na fila, na entrada no estacionamenento do CH ( e depois tivemos que mudar para o meio da calçada!) havia uma van prata estacionada, a idolatrada Banana Veloz. Comentei discretamente com a Rebeca e fiquei observando, fingindo me proteger daquele sol ardido.
Mas era a crew provavelmente, montando o palco. Poderia ser o Keane reconhecendo o território, e voltariam para o hotel e almoçar, ué.
Só sei que eu não tirei os olhos daquela van um segundo. eu não estava sentindo nenhum impulso me puxando para lá, logo não era nada mesmo. Tanto que ninguém deu bola para a Banana Veloz.
Rafa e Oz ficaram até umas 11 horas na fila, quando foram colocar o esquema número quatro em ação. Eles só voltaram lá pelas 14 horas. Ficamos com vontade de matá-los. Precisavámos fazer xixi e nossa fome começava a incomodar os tecidos dos nossos estômagos.
Quando voltaram, a fila já havia crescido. Renata, uma menina de Brasília, e o seu pai, e um menino que por coincidência também era de lá e estava esperando o primo, se esticavam no plástico bolha que o pai da Renata comprara. Bem melhor que sentar no chão.
Por fim, eu e Becks fomos almoçar.
Enrolamos para escolher o que comer. Não havia muitas opções naquela praça de alimentação minúscula daquele shopping que era o Iguatemi de lá. O Spoleto estava com uma placa escrita "em breve". Almoçamos no restaurante do lado, após nos assustarmos com o preço de um outro tipo o Viena mais caro de lá.
Becks pediu um fettuccine gratinado e eu Inhoque a bolonhesa gratinado. Eu não gosto de bolonhesa (?), mas era minha única opção. O prato era gigante, não aguentei, pedi para embrulhar e depois demos para um zé povinho que ainda pediu a água da Becks. Como eu disse, você dá o dedo, querem a mão.
- Você dá a mão, querem o braço, num é assim? - disse Becks.
- Você dá o dedo, querem a mão. Você dá a mão, querem o braço. Fim.
Voltamos para a fila que crescera mais umas duas pessoas. Essas pessoas se não me engano, era a Julie, e o Marcos, o tal primo do menino de Brasília. ele tinha uma camiseta linda do Keane made-yourself!
Na fila, fizemos social com os outros fãs, mais um cartaz, comemos tubinhos (eu tinha visto nas lojas americanas de lá e comentado que seria um sinal de sorte).
Daí às 15h15, a van partiu.
Quando ela saiu, para mim tava na cara que iam buscá-los finalmente.
As 16h33, eu ouvi uma palioweekend prata buzinando. Vi atrás duas vans Banana Veloz pratas. Eu fui atrás, sem correr como alguns fãs decentes fizeram também.
Vi o Tim dentro do carro. YES! Eram eles mais uma vez. No ônibus para BH, eu havia dito que veríamos eles 7 vezes. Era uma promessa.
A primeira vez no soundcheck sortudo de 2007.
A segunda durante o show de 2007.
A terceira na soundcheck de 2009.
A quarta no show de SP em 2009.
A quinta no hotel em BH.
A sexta na passagem de som.
A sétima durante o show de BH.
Eu queria vê-los todos os dias, toda hora.
Eles saíram do carro, nos cumprimentaram, becks tirou fotos, alguns surtaram, outros deram gritinhos histéricos.
Já havia umas 20 pessoas na fila, mas eram 17 horas.
Começamos a sentir um frio na barriga tanto porque faltavam poucas horas para o show ( dependendo do ponto de vista) quanto porque ia ser um show quase particular. Aquilo dava medo... Uma muvucazinha se deu início na hora que ia começar a passagem de som. O pessoal que ganhou a promoção entrou. Um mulher gordinha começou a chamar cerca de uns vinte nomes da lista. Umas três, no máximo, apareceram. Era nossa chance. Rebeca deu um alôu para o R. que respondeu grosso. Duas meninas super fofas que infelizmente que esqueci os nomes, sorry, mas são as meninas dos bottons, elas ficaram conversando conosco um segundo. Contamos para elas que erámos do fã-clube oficial e tentaram nos ajudar para entrar. O Andy desceu, olhou para nós e desvirou. - Ele ouvi ele dizer "No" - disse uma delas. - Ele tá de mal comigo ainda... devíamos ter escondido nosso rosto. - Devíamos ter fingido ser a tal da Amanda... O R. voltou e pedimos para ele para nós entrarmos: - Já tem muita gente, lotado, num dá mais... não tem como.

- Mas somos do fã-clube e... E ele deixou a gente falando sozinha. Pussy entrou.

- Ela sempre entra em todas as passagens? - Rebeca perguntou para nossa nova BFF ginger.

- Er... eu não sei... - ela repondeu sem graça, meio chateada.

- É, Becks, já era. - eu disse quando comecei a escutar The Lovers Are Loosing. Não ficamos tristes por não ter entrado. Afinal, tinha sido perfeito demais, nada ia estragar aquele momento. Claro que eu queria muito ter entrado, ainda mais porque eles tocaram 4 músicas: TLAL, TITLT, UP e Spiralling. Ainda desceram do palco, tiraram fotos exclusivas. Essa não foi a questão. Uns segundos depois, fiquei fula da vida. Vocês sabem. Não é justo. Todo mundo é fã igual, mas enfim. Como a Rebeca disse, estavamos é mal acostumadas. Desde o primeiro show do Keane nós entravamos nas soundchecks, quando eu nem se quer sonhava em ser tão fanática, quando Queen e Coldplay eram minha banda preferida, quando eu queria casar com o feio do Principe William... Pfff! A Rebeca ligou para o Rafa, perguntando onde raios eles estavam ainda... precisvamos ir pela última vez ao banheiro. Eles estavam no estacionamento e fomos direto para lá. - Vocês não tem idéia do quão perto ficamos de entrar na passagem. - disse o Oz, meio fora de si. - É, nós temos... - eu tava p. da vida e não queria ficar para não estragar minha Keane Week. aí que eu fiquei mais p da vida. - Nós conversamos com a Chefona MOR* - Rafa começou a contar empolgado - e ela disse "por mim tudo bem, tem que ver com a banda". Ligou para a banda, eles autorizaram. O Keane AUTORIZOU nossa entrada na passagem de som... aí tinha que ver com a produção deles... e não deixaram.

- O Keane autorizou e a produção vetou. FIM. Não entramos. - Morri... Afff... Depois dessa, preciso dar um rolê por aí. Ainda estavamos ouvindo o Keane ao vivo lá de cima na arena do Chevrolet Hall quando fomos para o shopping. Fomos ao banheiro e depois numa lan do meio do shopping. Esfriei a cabeça e depois ri. Foda-se. Quando voltamos para a fila, o pessoal tinha acabado de sair da passagem. Reencontramos nossas amigas dos bottons e elas nos contaram tudo. - Meu, do nada chegou uma baranga com um vestido banana... (BANANA VELOZ?) não entendi. Mas oh, foi demais! Eles são super simpáticos! - Não são? E o Tom é lindo, mara! - Elas vão viciar em Keane agora como aconteceu com a gente, Érica. - Quantas pessoas tinham? - Umas seis... os quatro da promoção, nós duas. Ah, e aquelazinha. - Out of the limit o escambau! - eu falei algo bem mais chulo na hora. Pela última vez, voltamos para a fila. E lá ficaríamos até o show começar. Quer dizer, até abrirem as portas. Lá pelas 19 horas e alguma coisa, ouve o surto, pânico, desespero. Senti raiva, queria bater em algum, precisava. Eu como pessoa e jornalista não posso admitir injustiça, nada errado, algo sem bom senso. NUNCA. Se não, não me chamo Érica Perazza. Começou o boato que iam abrir as duas portas: a da frente e da de trás. A da frente, onde estavamos, nós que chegamos às 8hs, 7 horas da manhã... nós que ficamos mais de 12 horas na fila e ainda que filha duma puta do segurança tira sarro da nossa cara. Mas eu xinguei, briguei com ele, começei uma mini-revolução na fila. - ABRE AQUI PRIMEIRO! - O coro era só eu, mas não desisti, logo uma gelerinha começou a gritar também. Foi a coisa mais estressante da minha vida, pior que vestibular ou qualquer coisa, e não pretendo sentir essa emoção novamente. 13 horas na fila, 8 horas e pouco de viagem, fiz tudo que pude e não pude pelo Keane para eu não pegar grade, ficar no fundão e aquele povo que chegou ás 20 horas ficar na minha frente? O caraleooooooooooooooooooooo. Eu fiquei mais que puta da vida e voltando a escrever isso, volta ficar. Aquele Chevrolet Hall é uma merda. Mal organizado, com um monte de segurança pretensioso. Ainda, separaram a fila. Homens de um lado, mulheres de outro. Mas tinha muito mais mulher. As 11 na minha frente, que chegaram primeiro, foram ultrapassadas por uns caras. Mas eu disse " tenham bom senso, chegamos primeiro, vamos ficar na frente, porra" E aí, como eu fui muito educada, eles disseram que tudo bem. Faço boxe, quero ver alguém se meter. Às 20h30 eu acho, abriram o portão. Corri, mas eu corri mesmo, pulei degraus tinham umas mega escadas pqp), disparei. Caraca, corri muito mesmo. Quando chegeui na pista, Oz, Rafa e Drano, estavam lá, bem no lugar que eu queria, em frente do TOM, no meio do meio! E não tinha mais ninguém. Aqueles desgraçados no fim, abriram a primeira porta. Rebeca se enfiou do lado do Oz. Ficou um pouco para a esquerda do Tom. Longe de mim pela primeira vez num show do Keane.

- EEEEEEEEEEEEEEEEEEEE. - Ela gritava extasiada. Eu nem preciso dizer o quão feliz eu fiquei. Tinha dado tudo certo, como eu havia imaginado, programado, acreditado. Eu era o otimismo, a esperança do grupo hahaha. Minha intuição até aquele momento havia funcionado em perfeita simetria com o Keane. Meus impulsos tinham dado certo. Isso só podia ser um sinal para eu acreditar mais em mim mesma. Acreditar, enfrentar e conquistar. As coisas boas da vida realmente acontecem. Como sempre acontece, nas horas mais inapropriadas, eu precisava fazer xixi. Uma menina atrás de mim, disse, "vai lá, e depois volta que dá" Aha, e ela num ia roubar meu lugar VIP? Em frente ao TOM? NEVER. Que se dane, em algum outro momento eu ia esvaziar minha bexiga. Isso era uma verdade absoluta, um dogma. Mas ver o Keane? Só daqui uns 2 anos ou na Inglaterra. Ok, eu sou louca. Radiotape foi a banda que abriu o show em BH. Preciso dizer que foi cento e quatro vezes melhor do que Fresno? Naaa. O vocalista e o baixista ficaram o dia inteiro rodando o CH, tanto que uma hora eu perguntei:



- Vocês são do Radiotape? - Eu sabia que sim, a Rebeca conhecia a banda e ainda tinha conversado com o Caputo pelo Myspace. Eles cumprimentaram a gente com beijo na bochecha, olha que educados ( sou muito mais o Tom fazer isso e outras coisas, her). mas eles são bem simpáticos. percebi que estavam meio receosos com o show, tanto que pediram: - Ou, aplaudam, por favor, he.

- Claro! - Eu disse que eles eram meus idolos por terem me salvado de ver Fresno pela segunda vez na minha vida. Durante o show, nós ficamos gritando LULIS. Eu entrei nessa depois, sem saber, mas era divertido. Lulis é a tal da ex do vocalista, amiga do Oz. Radiotape foi bem recebido, só me irritou aqueles merchans deles. Pfff. O show acabou. Era avez do Keane. Eles atrasaram só uma hora. Eu não aguentava mais, até bocejei, que vergonha. O Oz encheu a minha bexiga rosa pink que a Julie me deu. Mas assim que começou o show, eu me desfiz dela. Alex, o fotógrafo deles, ficou entre o palco e a pista, bem na minha frente. - Meu, o ALEX tá bem na minha frente, não vou ver nada! O Alex olha de soslaio e sai da minha frente na hora.
Uma hora depois... as luzes nos intrumentos acendem. YEAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

*gritos/berros e afins*
Eles fazem sua entrada.
Nesse ponto, o CH tava cheio, lotou do nada, foi incrível. Não estavamos dando nada para aquele povo, mas do nada uma multidão emergiu, e gritava, aplaudia, se emocionava. Eu senti orgulho de estar naquele show, naquela cidade. Uau.
Fato também que o Keane se surpreendeu. Eu NUNCA, NUNCA vi alguém tão feliz como o Tom estava. Juro por Deus. Nem eu fiquei tão feliz assim quando vi eles no Hotel, quando eu passei na faculdade e me livrei do cursinho, quando vi o Tim o cara mais lindo na minha vida, quando comprei meu ipod. Nem os brasilieros quando o Brasil ganhou o Penta em 2002. Ele sorria demais e a gente percebia que era real, sincero, autêntico. E por isso era melhor ainda... porque a gente sentia a felicidade dele... deles. Richard também estava bem humorado agora. Ele riu litros, principalmente quando eles se juntaram na frente para tocar o acústico e o Tom disse:
- This is my backstage band. - Todos riram, mas o Tom caiu na gargalhada literalmente. Depois, apresentou o Tim.
- This is Tim Rice-Oxley - e no Oxley ele deu uma pxada muito britânica.
Apresentou o Jesse Quin como o baixista de apoio e que tocava um pouco de tudo. Riu nessa parte também.
Eu ficava gritando RICHARD e ele olhou para mim umas duas vezes. Eu queria pedir a baqueta dele para a Lena. Oz fez uma mimica tosca e hilária para ele entender, mas não deu certo.
Eu continuei a gritar RICHARD porque ele tava na minha frente e eu não ia desistir, tinha que pegar a baqueta.
Tom apresentou o Richard.
- This is Richard Hughes, the most popular man in Brazil! - E riu mais ainda. Richard também riu e ainda fez cara de "Como assim?".
O pessoal da pista começou a bater o pé no chão... foi demais. O Rich olhou para o Tom e disse algo como "Olha isso, zenty!"
Não tem como explicar direito com palavras essa cena. Só digo que foi a mais incrível, mais emocionante, mais tudo que eu já vi!! A melhor de longe do show.Eles rindo demais, felizes, não teve preço. Nós ficamos extasiados também. Foi uma troca de emoções muito forte. hahaha.
Ao começar "This is the last time" , Sir Tom Chaplin riu no meio da música... ele não conseguia controlar aquele êxtase. Ai, foi lindo e fofo. (L)Outros comentários sobre o show, tanto de SP quanto BH.
Atlantic, e é uma das minhas menos preferidas, mas ao vivo ela é uma das. E para mim, foi a surpresa do show, não tinha em nenhuma outra set list. You Don't See Me - "Essa ér uma cançon de protesto!" (SP) Quando o Tom disse isso, pensei que fosse PS. Em BH, " quando o Tom disse "Essa é nossa cançon mais linda!", pensei que fosse PS de novo.
Em São Paulo, a melhor foi "You Haven't Told Me Anything" Foi a que o Tom mais se empolgou, a que eu mais gritei, minha garganta fez até um som de rasgar! CROC.
Foi a primeira do CD que eu me apaixonei e esperava muito para ouvi-la ao vivo. A introdução é perfeita.
Em BH, a melhor foi PERFECT SYMMETRY. De todos os milhares de vídeos que assisti no YouTube, nunca apresentaram a música dessa forma. Eles deram tudo de si, o Tom arrebentou na voz límpida dele. No meio da música, ele desceu no palco. " ELE VAI DESCER!" eu berrei. E do nada ele sumiu... pensei que ia passar na minha frente... E que em Crystal Ball como ele faz, ia pular na grade. Mas aí, eu vi ele vindo, passando a mão na mão da galera ( tentei organizar essa frase de outro jeito, mas ia perder o sentido, pq foi exatamente isso que ele fez). Só que bem na minha vez, ele parou... Eu não ia tocar na mão do TOM!

Foi quando ele pulou na grade...



EXATAMENTE... EXATAMENTE

MUITO EXATAMENTE MESMO... NA MINHA FRENTE. NEM MAIS UM CENTIMETRO PARA O LADO ESQUERDO NEM UM PARA O LADO DIREITO.




Preciso dizer que fui esmagada nessa hora porque todo mundo queria encostar nele? Mas preciso dizer que valeu a pena. HAHAHAHA. Eu master apalpei ele de novo... HAHAHA. Eu dei um abraço agarrado nele ( e aquela jaqueta é super fresca, gente! Descobri o segredoooooooooo!) Os eguranças vieram segurar ele, ele arregalou os olhos... e depois desceu.
- EU TENHO SUOR DE TOM CHAPLIN! - a Rebeca berrou do outro lado, esfregando no rosto. Crystal Ball sempre a melhor, a mais animada ao vivo. Não tem o que dizer. TODO MUNDO pulou, tanto na pista quanto na arquibancada, foi muito massa ver isso, such a beautiful view!
Já Again&Again que está como a minha preferida do novo CD (como se eu tivesse realmente uma música preferida do Keane! Pff!) ao vivo é estranhassíma, pelo menos na parte do piano do Tim. Não é ruim, mas preferia A Bad Dream de boa. Pelo menos em BH, afinal todo mundo ficou gritando para tocarem essa... tanto que acabaram tocando no Rio.Under Pressure, o que dizer? Amo Queen e o Freddie Mercury, eram meus favoritos até eu trombar com o Keane e Tom Chaplin. E Tom por sua vez, não fica atrás do Rei Freddie, não mesmo! Soa muito melhor. Eu sonhava em sentir essa música ao vivo e ouvi 2x...! (3, considerando que ouvi a passagem de som...)
Em BH, o solo do Tom foi "Bread and Break" no lugar de Playng Along. Foi uma pena não ouvir Sing us a swing time Brazilian melody"porque em São Paulo todo mundo grita demais, não dá para ouvir a voz do Tom, gente... Mas eu amo demais "Bread and Break". No lugar dela sem ser acústica, tivemos "Better than this". Essa parte eu filmei ( E a Rebeca disse que ficou ótimo, uhul) eu não cantei muito para filmar retinho e tal, e ainda eu segui a camera por onde o Tom ia. Ele dançava com aquela guitarra de uma forma rock'n roll muito provocadora (AI MEU DEUS, se eu pego ele ele tá...!) E a surpresa do show de BH foi essa. Quando ouvi essa música pela primeira vez, não gostei de cara. O tempo passou e eu mal ouvia ela. Mas como tava nas últimas set lists, eu dei uma estudada na letra e amei. É a melhor letra do PS. E ao vivo é MUITO melhor. Tanto pelo som quanto pela cena do Tom com aquela guitarra, ui.
No orkut eu vi que um menino ouviu duas meninas conversando:
- Quando ele entrou vi que só tocava um tiquim de guitarra e aí depois ele começou a cantar. Aí me toquei, que não era o guitarrista, ele era o vocalista.
- Ahhh é?

Bom, por fim, como todo mundo sabe, a última música foi BEDSHAPED.
Eu queria chorar porque era o fim, the final score, mas... eu tava muito feliz.
Na manhã seguinte, acordei cedo, quebrada, meio zumbi para ir embora para São Paulo.
Entrei no ônibus e senti uma vontade incontrolável de chorar. Eu estava muito exausta, roica, dolorida em partes do corpo que eu nem sabia que tinha. Coloquei meus óculos escuros e deixei as lágrimas escorregarem pelo meu rosto. Eu não queria que ninguém me visse naquele estado tosco. Duas das três coisas que odeio fazer em público é dormir e chorar. Oz e Rebeca acenavam para mim. Queria voltar ao tempo. Dor no peito. Ter aquilo mais uma vez. Mas não. Era sexta-feira 13. O dia da minha volta para a realidade hostil. A vida era assim. Eu sabia e repetia. Um sonho metade pesadelo.

Minha Keane Week havia acabado.
Meu sonho terminou e estava na hora de acordar.

"Was it just a dream, just a dream, coz it was real to me"

Final de show é como término de namoro (Alguns). A gente fica feliz que viveu aqueles momentos, triste porque acabou. A depressão começa porque parece que nunca mais vamos ser felizes daquela forma, mas depois, vem uma esperança, a gente sabe que a vida continua, que mais desses momentos, mais shows desses virão. E a gente volta a estar alegre. Continuamos a viver com esperança só, daquele jeito comum que todo mundo vive. Não do jeito intenso, ideal que vivemos às vezes, quase raramente. Mas a vida seria sem graça se fosse perfeita toda hora. Essas surpresas, esses esquemas, esses sonhos, esses detalhes que constroem quem somos e quem nos tornamos acaba andando por certos caminhos que seguem em direção a nossa vida.
Tenho que agradecer do fundo do meu coração por todas as pessoas especiais que eu conheci graças ao Keane! Do Brasil inteiro, Brasília, Curitiba (O cara idiota ainda soa no meu ouvido: " Eu vim de Cúretíbá, quero garanter meu logar), Rio, BH e afins.

E sem minhas darling groupies nada disso teria a menor graça:

Lena, a líder do movimento keaneano no Brasil, uma vez que é a futura mulher de Rich e vai liberar todas as entradas para nós. ( Se bem que eu vou pegar o Tom para mim...)

Céu, minha sogra que eu amei conhecer de verdade. A Louca mor!

Lu, a miss Keane Brasil, minha dupla de fotos mais toscas de 2009. Adoro.

Aline, por ter me aguentado surtando no show (como se ela não tivesse também)

Mika, a irmã normal da Gabe (como ela consegue?) hahah que ainda me explicou porque o Tom não ia cantar My SHADOW.

Gabe, a maior figura que eu conheço, louca, fofa, amante em conjunto do Jesse, que quase foi atropelada pelo Fresno. Que morte péssima...

Carol, que estava fora de si, cantando músicas bregas, que eu peguei um autografo e ela me deve sua vida ha, guardou a fila para gente durante a passagem de som ( e mesmo assim umas 30 pessoas entraram na minha frente, sendo que quando eu cheguei haviam umas 15 ou menos, mas ok.)

Beca, minha companheira oficial de shows do Keane e companheira dos melhores esquemas da vida!

Maria Lucia e Carol, mãe e filha, a mãe mais louca por Keane hahaha, super fofas que fizeram a faixa mais linda do mundo e que o TIM colocou no keyboard dele.

Teresa, uma das pessoas mais gente boa do mundo.

Meli, por ter entrado no nosso pacto que deu certo!

Nanny, nossa groupie mais recente e adorable AS WELL.

MC, a Demi Lovato, minha amiga surtada de Floripa.

Oz, por ter sido meu herói tanto em pegar o melhor lugar na pista quanto por me hospedar, me dando a chance de eu ter a mais experiência da minha vida.

Rafa, que pegou o cigarro do Tom, hahaha, me deu energético quando eu tava quase dormindo, fez um puta esquema que não deu certo, mas fica para a próxima.

Drano, por ter ido buscar a gente na rodoviária, no Hotel e não me batido nenhuma vez durante meus surtos.

e claro, ao Keane,
Tom
Tim
Rich.


Sem essas pessoas mega especias não teria graça viver. A vida seria cinza, vazia, não seria um esquema.
Um esquema mara e definitivo !

Ah...

Esqueci alguém?


Andy??????

Quem? HAHAHAHA. Ok, ele me deu uma água no show. Fizemos as pazes.



THANK YOU, GUYS!



Fim.

17 de mar. de 2009

Keane Week - Parte 2 @ BH

Quarta-Feira, 11/03/09

No dia anterior, eu havia gritado, pulado, mal tinha comido e dormido. As mais de 12 horas de espera na fila havia valido a pena, sem dúvida. Contudo, eu estava quebrada, se piscasse, desmaiaria em sonhos profundos. Mesmo assim animada o suficiente para acordar feliz às 6 horas da manhã e enfrentar uma longa viagem pela frente de ônibus pelas estradas tortuosas da Fernão Dias. Minha mochila estava pronta e pesada, separei uma sacola com mantimentos (isso se chocolate e salgadinho entram nessa definição), a minha bolsa da Nike transversal lotada de coisas até de um livro - que obviamente nem cheguei a abrir para ler. Separei esses itens e deixei no chão da sala, esperando a Rebeca chegar. Ouvi meu pai cantando - claro que ele sempre faz isso, é uma das pessoas mais animadas que eu conheço e de manhã, assim que acorda, incrível - mas eu me surpreendi como na terça. Ele estava bravissímo porque eu ia para BH, nem tocava no assunto. Aliás, eu tinha até medo de falar a palavra "Keane" perto dele. Ok, inventei. O fato é que no começo, ele não queria deixar e nem não liberou meu dinheiro para viajar. Sorte que vendi alguns livros no sebo, com a ajuda indspensável da lábia de Becks. Ainda, ela me emprestou dinheiro para completar (que ainda estou devendo, mas já procurando um emprego para quitar!) Caso contrário, eu não teria vivido plenamente a melhor semana da minha vida. Com vinte minutos de atraso, às 7h50 o interfone tocou e respondi que eu estava descendo.

- Tchau, pai, tô indo!

- Tchau, querida. Tome cuidado. Peguei minhas coisas, girei a chave e a maçaneta, apertei o botão do elevador e desci. A Rebeca estava me esperando com a mochila enorme que havia me falado, daquelas de mochilão mesmo e o cartaz "KEANE Thank You" que rodaria o país. O porteiro abriu o portão e saímos cambaleantes com nossas tralhas. Rebeca começou a andar para a direita.
- Melhor irmos pela Rebouças, pegamos metrô na Paulista! - eu sugeri. - Verdade, bem melhor. - ela concordou.
- Mas será que vai dar tempo? - Eu tenho medo dessa tensão paulista do tempo. Tudo pode acontecer no meio do caminho: trânsito, OVNIS, homem grávido. - Dá sim. Chegando no ponto, os ônibus estavam lotados. Era a primeira hora do rush. Subimos num qualquer e ficamos na frente por causa da bagagem. Menos de dez minutos depois, descemos na Consolação e andamos até o metrô.
- Minha tia ficou super feliz com os encartes autografados.
- Sério?
- Ela começou a pular com o bebê no colo! - Hahahaha!
- Vamos descer no Paraíso ou Ana Rosa?
- Prefiro Paraíso, mas acho que a Ana Rosa vai estar menos cheia. Descemos na estação Paraíso para pegarmos a linha azul. Minhas estações depois, finalmente chegamos na Rodoviária do Tietê.
- Qual é a nossa plataforma de embarque?
- Seis!
- Tá escrito de 1 a 50!
- É por ali! Por fim, avistamos nosso ônibus. Nossa mochila foi etiquetada, entramos e sentamos - eu na janelinha! Dali umas oito horas, desembacaríamos em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais.
Veríamos o Keane mais uma vez. Seríamos felizes mais uma vez. Minha vida é muito boa e eu nem sei disso. Quem faz uma loucura dessas por uma banda? Poucos. Fanatismo? Eu não encaro dessa forma. Talvez eu realmente seja uma fanática. Mas não choro quando os vejo ou me desespero. Sinto-me inexplicamente feliz, viva de verdade, não me sinto como uma presença humana que só existe, respira e aguarda a morte.
Não. Eu sinto que vivo a vida e intensamente - e loucamente. Keane é "apenas" a trilha sonora dessa jornada magnifica que temos pela frente, nossa inspiração, nossa alavanca, nosso empurrãozinho. Sim. Porque se o Keane me ensinou algo e ensinou sem desconfiar, foi que acreditar e ir atrás de sonhos pode resultar em maravilhas surpresas que valem a pena. Que as coisas belas da vida podem acontecer conosco e rebaixa nossas trsitezas, angústias, medos, derrotas como insignificantes. Uma chuva torrencial tão perfeita que não importa se ficamos molhados e doentes.
No caminho, a Rebeca adormeceu algumas vezes. Eu mesmo cansada, não preguei os olhos.
Observei a paisagem comum só. Outras vezes, assistimos os vídeos do show e surtamos. Às 16h55, antes do previsto, chegamos a Belo Horizonte. Tiramos nossa bagagem e encostamos perto de um telefone público. Numa das paradas, eu havia comprado cartão telefônico para ligar para a Chefona e sua Amiga, para a Céu e Lena. Rebeca discou o número e conversou com a amiga, mas não dei jeito. Tudo bem, ainda tinhamos outros esquemas na manga. O amigo da Rebeca que eu só conhecia pela internet, o Drano, nos avistou e cumprimentou. Um fofo. Ele veio nos buscar na rodoviária. Logo, íamos nos encontrar com o Oz e o Rafa no tal do Savassi. Drano parou o carro no estacionamento do shopping. Aos meus olhos, até aquele momento, BH não tinha nada de diferente ou anormal. Mas o shopping de lá tem M.A.C. hahahaha! E lá tem outdoors! No caminho, o Drano passou em frente do Chevrolet Hall e vimos um do Keane lindo! A Rebeca gritou que nem uma louca e morri de vergonha. No shopping já, Rebeca perguntou-me se eu estava com fome, disse que não. Umas horas de passeio depois - inclusive até uma escola deles lá - voltamos para o shopping e ficamos na praça de alimentação e a Rebeca com seu notebook no wireless mineiro.

- Entra no twitter para ver se eles já chegaram, Beca!

Nós estavamos surtadas demais. Eu estava pondo maquiagem no meio do shopping, me preparando para não ficar tão horrível nas fotos com o Keane. Os meninos estavam completamente desacreditados eu nós iriamos deparar com Tom, Tim e Rich. E Beth e Andy! A Rebeca entrou no twitter deles e nós descobrimos que haviam chegado de manhã.

"Morning flight to Belo Horizonte. Zipped up all my bags and was headed for the hotel room door before I realised I wasn't wearing a shirt. T"

- T? Deve ser o TOM, Beca, ele nunca posta. O Tim sempre escreve "Love, Tim" ou algo assim. E meu Deus... sem camisa? Morri! Genteeeeeeee. Muito coisa do Tom isso!
- Eles estão aqui já!
- Mas qual hotel?
- Liga para o Ouro Minas e finge ser do Uai.
A Rebeca ligou, mas demorou muito. Oz e Rafa: Nem temos nada do Keane.
- Vão comprar o PS, agora, então! - e eles foram. Ok, não foi exatamente assim... inventei.

Rafa: Gente, simbora para o Ouro Minas.
- YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEES!
- Não to me aguentando essa Érica! HAHAHAHA!
- To surtandoooooooooooooooooooooo! Sorry! Eu, Rebeca e Drano voltamos para o carro no estacionamente. O Oz foi com o Rafa e chegaram lá no hotel primeiro. Assim que cheguei, perguntei para um segurança:
- Tem uma banda hospedada aqui?
- Olha, tem, mas não sei qual é.
- São uns gringos! Eles falam inglês.
- Bom, saiu um pessoal aí faz um tempo. Tem um careca tatuado e...
- É o ANDY! Certeza. Obrigada. Genteeeeeeee, eles estão aqui mesmo!

Era 20 horas ou quase isso. Ficamos lá sentados perto da porta, do lado de uma planta. Os meninos ainda desacreditados, desencanados. Eu e a minha parceira de esquemas estavamos aflitas, elétricas, ansiosas.

Segurança - Não pode sentar aí.

- Ah. - Levantamos.
- Será que a gente pode entrar e pedir informação na recepção?
- O lobby do hotel é reservado para os hospedes. - A gente não pode nem entrar?!
- Beca e Érica deveima ter pego a mochila e entrado! Fim.
- Boa, Drano! Mas já era.

A demora sem nenhum movimento tava me matando. Oz e Rafa foram entraram no shopping cuja entrada é no estacionamento do Hotel, foram ao banheiro e comprar pão de queijo e refrigerante. Beca fez o mesmo quando eles voltaram. Para variar, eu precisava fazer xixi e eu tava com fome. Mas jamais que eu ia sair de lá um segundo se quer. Oz e Rafa encostaram no muro do lado esquerdo e eu, Drano e Beca continuamos do lado da planta. Uns intantes depois, nos distráimos e voltamos a sentar.
- Gente, não podemos sentar aqui. - E eu levantei devagar, antes que os dois, mas antes de eu levantar totalmente tive uma visão de 2 milésimos. Um rosto que eu conhecia de algum lugar estava fumando. Eu vi entre os galhos da planta gigante que estava do nosso lado. O mundo parou. Parecia que tudo perdia velocidade, inclusive meu cerébro e as batidas do meu coração. Foi rápido demais, olhei pro rosto, olhei para o chão num impulso de descrença e espasmo. Não. Não. Não pode ser. Aqueles sapatos brilhantes. Os mais brilhantes que eu tinha visto na minha vida. Os mesmos sapatos que estavam no show anterior, que escorregaram no palco no meio de Crystal Ball. Vi e não pensei em nada, fui direto para sua direção. Meu cérebro, meu mundo, minha realidade pararam bruscamente.
- O Tom... - eu apenas sussurei para eles. Foi tudo o que eu consegui fazer e ainda pode ter certeza que foi muito.

- Hi, Tom! Do you remember me? I told you at the soundcheck I was supposed to give you the song I wrote.
- Yeah. - Ok, eu não lembro de nada o que ele falou aqui, mas ele disse alguma coisa. Eu estava dentro de um sonho que eu não queria nunca mais sair. Num filme que eu queria rebobinar e assistir 30 vezes a mesma cena sem parar.
Como eu tinha prometido - e a mim mesma - eu ia dar a música que escrevi para ele. Escrevo músicas desde os 13 anos, é algo comum, faz parte de mim. Depois do show em 2007, em abril e depois que descobri que o Tom era o maior drogado e tal, e foi para a Rehab, eu me inspirei, como em qualquer outra música e escrevi. Nunca pensei em dar para ele. A música, he. Foi só quando contei a Céu sobre isso e mostrei - e eu nunca mostro as minhas músicas, never ever ever. A Céu achou linda demais e insistiu na idéia que eu deveria mostrar ao Tom. Cogitei essa possibilidade e traduzi. eu havia separado e posto numa caixinha, mas na terça-feira, eu acabei esquecendo na sacola da Rebeca na fila. Mas enfim, o mundo dá voltas e eis que me deparo com a sorte novamente. Thomas Oliver Chaplin, dono da voz mais maravilhosa e encantadora do mundo, das bochechas mais adoráveis, da fofura mais sexy estava ali, na minha frente mais uma vez. Ele vestia um trent coat inglês azul marinho que eu paguei um pau - amo casacos, pergunte a minha mãe hahaha - e estava estiloso, sexy, rockstar dentro dele. Louco com sempre, escondido em mangas compridas mesmo no calor escaldante do Brasil e intenso de Belo Horizonte. O Tom pegou o papel que eu dei para ele e começou a ler. Oz e Rafa chegaram até ele ofegantes e com cara de "não estou acreditando nisso, me dá um tapa na cara!"

- I wrote you a letter too here. - eu disse. E aí, como o pessoal queria tirar foto, ele colocou minha música no bolso. No bolso daquele casaco maravilhoso. Quero um igual, como faz? Depois, nos juntamos ao lado dele para tirar uma foto em conjunto. Rebeca pediu ao segurança legal para tirar a foto. Eu ainda sem pensamentos na mente, só nos impulsos tietes, agarrei - agarrei - agarrei - agarrei - agarrei a barriga do Tom, num abraço. E notei como ele é quentinho e macio. Muito macio, queria ficar assim para sempre. Ele é delicioso! HAHAHAHA. Nunca fui tão puta na minha vida. me senti uma groupie master, mas eu tinha que aproveitar o momento. Rebeca: We'll wait you finish your cigarette. - Thank you. E aí, ele andou um pouco do outro lado. Continuou a fumar, olhou de soslaio para nós. veio um menino do nada e tirou foto com ele. Um dos meninos, não lembro qual agora, zuou o cara.
- QUE! Nem conhece e tira foto.
- Viu que é famoso e aproveitou - eu disse. Tom Chaplin voltou para conversar com nóis. Ele aparatou. Rebeca
- The Sao Paulo Gig was A-M-A-Z-I-N-G. - Thanks. - não lembro o que ele disse exatamente. Ele estava autografando os encartes dos meninos e a Rebeca jogou a cãmera para mim. Foi nesse momento que eu tirei a foto mais espontânea e foda do século. Tom autografando o encarte do Oz plus a cara do Oz de felicidade mega impagável. Foi sem querer, foi o impulso. E ficou MARA. Logo, eu tirei uma foto com ele. Sem abraçá-lo de novo. Mimimimi. Rebeca me pediu para tira um afoto com ele. Eu peguei a câmera e tremi demais. a câmera sacolejava na minha mão. Fiquei mega sem graça.
O Tom riu.
- Ham, Tom... Is Tim and Rich there? - eu perguntei sem graça ainda, meio intrusa. Mas ele era fofo demais da conta e me respondeu sincero:
- No. They went out for dinner. And I did not coz I'm tired.I'll run out to bed.
- Oh, Ok, thanks, we'll wait. Sleep well!! Good night and see you tomorrow! Gente, que fofoooooooo. como pode existir uma coisa dessas? O Tom é de outro mundo. A Rebeca ficava dizendo "sorry, bothering you!" e o Tom ria e disse "That's OK!" Eu morri nessa hora! Terminado nossa sessão "não acredito que o Tom dsceu para fumar/eu apalpei a barriga dele", nos despedimos dele.
- Sleep well! - Bye! Eu obsservei ele entra no lobby e desaparecer. Aquele casaco esvoaçando e dançando sobre sua aurea. Perfeito. As próximas cenas de surto são proibidas para pessoas normais. Então, vou resumí-las.
- Ele SAIU PRA FUMAR no exato momento em que estávamos esperando no hotel. FIM!- Drano repetia extasiado.
- EU VI ELE FUMANDO! A Céu vai morrer quando eu contar para ela!
- Quem desce assim para fumar?Eu colocaria umas havainas e uma regata. Desceria fuleiro. E gente, ele não fuma dentro do quarto!

Meu DEUS! Eu vi o Tom Chaplin!Eu entreguei a música que tinha escrito para ele em 2007 e ele colocou no bolso. Eu apalpei a barriga dele e ele é macio. Meu Deus, como ele é macio. Estiloso demais. Quem desce de trente coat azul marinho, plus aqueles sapatos brilhantes e chiquérrimo para fumar? [2]
Não, quem desce e sai para fora do Hotel para fumar? O Tom é muito cheiroso. Ele não tem cheiro de cigarro. Acho que o cigarro dele é tão bom que nem fede. Oz e Rafa foram atrás do cigarro HAHAHAHAHAHA, e acharam o dele, apertado, um Malboro Light. Rafa
- Quem fuma Malboro Light?! Vou emoldurar!
- Eu acho que ele tá tentando parar de fumar! E olha, eu começei uma campanha para ele para de fumar! O tempo todo pensei em dizer para ele "quit smoking" e pegar um autografo para minha irmã, mas não consegui dizer mais nada! Nosso surto durou mais do que meia hora. Tem até filmado.
Depois disso, esperamos duas horas e pouco a crew, Tim e Rich. Foi uma tortura que valeu muito pena.
O segurança careca e mal humorado que não deixou a gente sentar, virou nosso BFF. Quando deu umas 21h40 ou mais, Rafa e Drano deixaram o carro no estacionamento do Ouro Minas. Eu pensei "Talvez assim o cara perceba que a gente não vai embora tão cedo e nos ajude!" Pois foi o que aconteceu uns 15 minutos ou menos depois.Segurança Careca - Como vocês foram legais comigo, serei com vocês. Podem ficar sentados ali do outro lado.Aqui não pode mesmo. E... Olha, eles saíram faz tempo e vão chegar numa van prata. Aliás, são duas vans.
Tudo tinha o seu esquema. E o esquema da vez era dinheiro. Agradecemos ao segurança careca do fundo do coração. Eu não tava mais aguentando ficar em pé. Fomos para o lado esquerdo do estacionamento e ficamos lá. a Rebeca começou a mostrar as fotos de NYC para os meninos e eu tremer de frio e a pentear o cabelo. É, com um puta vento... ¬¬
Vários carros chegaram e davámos uma olhada para conferir. Lá pelas 22hs e alguma coisa, uma van deslizou pela entrada do Hotel. Estava escrito "Banana Veloz" (lenda) e era prata. Levantamos na hora e fomos para o lado esquerdo. Beth a crew desceu do carro. Surtamos. Depois, Beca a chamou para nós colocarmos nosso esquema em ação. Beth super elegante com um chale chique como cachecol. Estava um vento fresco, os trajes eram meio exagerados.
Beca - Hey, Beth, can we talk for a second?
E aí sobrou para mim. Eu estava tremendo, meu inglês ficou péssimo! Sem sotaque e tudo errado.
- Hey, Beth. Do you rember us? We're yesterday at the soundcheck.
- Yes, I do! - Até parece, mas ok. Bom, vai saber. Ela e o Andy conversaram comigo um tempão e eu amo MY SHADOW como ela.
- Ham, we talked to the label - LABEL a Rebeca me corrigiu. - Sorry, label. And they wont be here at BH to let us get in the soundcheck, so, can you help us? - Na verdade eu não lembro muito bem o que eu disse a ela, mas foi algo assim.
- But you guys already watched yesterday. - I haven't! - Rafa yelled.
- Yes, but we are representing the official fan-club here. - eu disse entre balbúcios.
- Sorry, we have a number out of limit. And I can't help you, sorry. - Oh, ok, thanks anyway. Good night.
Bla bla bla. Se a manager da banda não pode ajudar, quem pode? Chapolin Colorado? Ok, awful. Eu tremi. Me senti uma intrusa, talvez a Beth não fosse mais minha BFF.
Fiquei mal, sério.Eu queria muito mesmo assistir a soundcheck em BH. Eu havia prometido a Lena, a Céu e ao resto do fã-clube representar muito bem a gente lá. E eu tava viciada em vê-los cara a cara, como uma droga. Eu precisava de mais uma dose.
Mas a gente se lembrou, havia o Andy ainda.
Não sei quanto tempo depois, mas foi rápido, logo em seguida, veio a segunda van prata. Meu Deus! Eu ia ver, tocar e tirar foto com o homem mais bonito do mundo em instantes. Avistei o Rich dentro da van, de verde planta. Ele sempre usando camisetas estilosas e coloridas. Corremos para lá. Alex, o fotográfo deles, Andy e umas pessoas desceram da van, seguidos de Tim, Rich e Jesse sorridentes.
Tinha muita gente da crew da porta do hotel que eu fiquei até confusa. Uma mulher super fofa e simpática, a guia deles acho, começou a conversar comigo muito. Eu queria ir lá tirar fotos, estava nervosa, surtada, tudo. Não mandei ela calar a boca porque era muito fofa e eu muito educada! haha. Parte da nossa longa conversa:
Mulher fofa que não parava de falar: How did you know they were here? - We just did! We came here and...
- Its because always the famous come here?
- I guess! I'm from Sao Paulo! - Really? - ela se espantou. - Yeah! We just got here. After 8 hours of trip. And also 13 hours on the line of the gig yesterday.
- Wow. Disse mais alguma coisa e não lembro. Acho que depois mecionou o Tom. - I just met Tom here, a couple hours ago. We talked to him and took pictures.
Depois disso e muito mais, larguei ela para tirar fotos com eles!
Quer dizer, não lembro exatamente da ordem das coisas. Acho que a foto que tirei com o Tim e o Jesse foi antes! Eu estava morrendo para tirar uma foto com o Rich, uma vez que não tirei da outra vez. E o Rich parecia estar de saco cheio, igual na soundcheck. Queria entrar no hotel e voltar depois, não entendi direito. mas seu mal humor era notável e definitivo.
Quando pedi para o Jesse para tiramos uma foto, ele me virou bruscamente e agarrou hahaha e a foto ficou ótima! Já com o Tim, eu sempre ficou horrível. Ele suga a beleza miserável que a gente possui. E como ele tá meio gordo, não saiu bem. Dane-se.
Depois que todo mundo tirou fotos com eles - lembrando que só eu e a Rebeca temos uma foto com o Jesse na história (finge) Fim. - Eles entraram no lobby e ficaram conversando lá. Rebeca estava convesando com o Andy. E eu... não sei o que eu pensei naquele momento, bom, nada, porque eu não penso nessas horas surtadas, e foi muito automático, tirei uma foto do vidro do hotel, tipo da porta. Sou a maior babaca, eu sei.
O Andy parou de falar com a Rebeca (ela disse, não tira foto do vidro! E eu, foi sem querer.)
E me deu uma bronca. Foi suave, naquele sotaque britânico dele, calmo, ele falou de boa, mas preferia que tivesse gritado. Foi só um "não faça isso, querida!", mas foi péssima, me senti horrível. Queria chorar. Parecia que eu estava ofendendo, mal tratando o Keane. O Keane que eu tanto amo e que são tão fofos comigo e eu sendo uma idiota! Ele disse que eu podia atrapalhar a privacidade as outras pessoas no hotel. E que o Keane sempre tira fotos com os fãs e tal, não precisava fazer isso, algo assim.
- Sorry. Eu disse, querendo evaporar ou morrer.
Ele sorriu e me cumprimentou com um soquinho na mão ( isso virou lenda também). Depois disso, entramos no carro do Drano e fomos embora. Ainda a Rebeca filmou eles caminhando pela rua, mas foi só.
Eu havia visto o Tom, Tim, Rich e tirado fotos. Até com o Jesse. Conversado com eles e ainda dado a minha música para o Tom. Apalpei o Tom também. Mas eu me sentia triste e infeliz por dentro. Porque aquele momento mágico havia terminado. Como tudo na vida. A vida, repleta de momentos bipolares. Alegrias, conquistas, sonhos realizados e depois, tudo isso acaba. Quando damos um sorriso, logo ele se desmancha. Não é um sorriso, uma felicidade para sempre. E facilmente pode se transformar numa angústia dolorida. A vida realmente era um sonho metade pesadelo: maravilhosa, mas assustadora porque a gente sabe que acaba. Até chegar na casa do Oz, fiquei de cara. Eles ficaram tentando me animar.
- Não fica assim por causa do Andy! Ele te perdoou! Vocês são super BFF!
Andy... Quem?
Nossa, como eu estava exausta. E ainda tinha mais o dia seguinte de espera na fila. Eu estava me suicidando.

16 de mar. de 2009

K E A N E WEEK - Parte 1 (SP)

Domingo, 08/03/09

Niver de 30 anos do Tom e fizemos uma festinha virtual para ele no perfil da Céu a noite. Cheguei atrasada porque tinha ido ao shopping com a minha mãe e uma amiga nossa, a Silvia. Encontrei o Renato lá.
Comi uma coxinha e uma torta na Ofner. Eu tinha que me "alimentar".
Era o primeiro dia da nossa marotona. Começava a Keane Week. Não dormi nada para variar.

Segunda-Feira, 09/03/09

O Keane e sua crew desembarca pela segunda vez aqui no Brasil. A Lena foi representar o Fã-Clube Oficial lá do aeroporto de Guarulhos. Desde 8 horas da manhã acompanhou todos os vôos Buenos Aires-São Paulo e ainda numa teleconferência comigo e com a Rebeca, todas surtadas. Nota: Falei para a Rebeca fingir ser gringa para darem alguma informação dos passageiros, sem resultado)

Somente às 15h55 o avião com nossos ídolos pousa em terras brazucas. Nossa companheira não nos ligou mais, nem antes, durante ou depois. A noite, ela mostrou as fotos que tirou com eles na nossa Before Party - Segunda Edição. A nossa festa para reunir o fã-clube começou depois das 16 horas, quando eu e a minha irmã descemos para levar os preparativos como os cartazes, som, pulseirinhas e etc. Assim que eu abri o elevador, lá tava a Beca chegando na mesma hora. E também, um pouco depois, a Maria Lucia, amiga da Céu, chegou com a filha, Carol.
Aconteceu que às 18hs e pouco, tive que ir para a faculdade porque era o trato com a minha mãe e tal. Eu ia mesmo para BH, depois de esquemas e desesperos, então, era bom eu ir pelo menos um dia para a aula.

Claro que meu assisti com a maior adrenalina e vergonha, deixando a Maria Lucia e Carol lá, e depois quando o pessoal chegasse eu não ia estar lá. Meu relógio deu 19h51. Eu havia marcado com a Rebeca em frente do Comfil ( o meu prédio clandestino da PUC). 19h52.
A aula estava começando a ficar interessante.

19h53. Eu não aguentava mais. As meninas me esperando... ai ai! Começei a guardar minhas coisas. No começo da aula eu havia avisado o professor que ia sair lá pelos 5 pras oito, oito horas.
- Ah, se você sair não é porque está achando a aula chata? - ele perguntou.
- Não, eu realmente preciso!
19h54. Não aguentei, disse tchau para meus amigos. Desci a rampa e fui para a frente do Comfil. 19h57. Dei um toque no celular da Rebeca. Esperei mais uns minutos e aí liguei de novo.
- Eu já to indo. - ouvi ela dizer ofegando do outro lado da linha.
Andei de lá para cá, bati o pé, e Dona Beca chega correndo, sem fôlego.
- Não precisava correr, sua doida. Ok, agora vamos. Corre!
Andamos até o ponto, pegamos um ônibus que desceu na Dr. Arnaldo e de lá outro na Cardeal Arcoverde que desceu um quarteirão da minha casa.
No meio do caminho, Rebeca pôs em pauta:
- Será que a Lena convidou mesmo eles para a Before Party? - Lembrando que por "eles" ela referia-se a Tom, Tim, Rich.
Eu havia ligado para a Aline antes da gente se quer avistar um ônibus lá no ponto da PUC.Disse que estávamos chegando, mas havia muito trânsito.
- Mentirosa. - Rebeca soltou.
Pois é, chegamos em 12 minutos na minha casa.
Enfim, quando eu havia ligado para a Aline, haviam som de alguma bagunça.
- Será que eles estão lá, Érica? E a Aline quer fazer surpresa?
- Não ouvi voz nenhuma de gringo e elas pareciam calmas.
Finalmente chegamos na minha casa, eu atravessei a rua correndo e Rebeca ficou para trás.
Quando o porteiro abriu o portão do meu prédio, eu e Rebeca, como havíamos antes combinado, chegaríamos "chegando". Para variar. Fica mais emocionante.
Disparamos até o hall - Rebeca se descabelou propositalmente - e abri a portão de acrílico do salão de festas. Chegamos! As meninas gritaram, foi super. Eu realmente estava sem fôlego, mal cumprimentei as pessoas. Fiz um break para respirar. Logo, abraçei as groupies. E lá estava a Céu, que finalmente eu conheci pessoalmente, assim como a Lu. Nanny me ligou assim que eu cheguei, avisando que estava perto. E aí a Lena mostrou as fotos do aeroporto. Eu gritava a cada toque que ela dava no botão da máquina. Ela deixou o Tom por último, sim o melhor fica por último. Ui.Surtei muito quando a Lena me mostrou as fotos do aeroporto, quase cai em prantos quando ela me disse que segundo a Fabiana eu a Beca não íamos entrar na passagem de som, mas pensei positivo, eu ia dar um jeito, pensar num esquema.
Desci com o bolo tosco que fiz, porém, delicioso, de prestígio, depois que comemos 90173938 esfihas, e coloquei velas para cantar parabéns. Lena e Aline foram embora primeiro, e logo foram seguidas pelas outras groupies. Eu e a Rebeca terminamos os cartazes e subimos com todas as coisas.
Terminei com os últimos detalhes da minha mala de BH e das coisas que eu ia levar no dia seguinte. Já estava tudo preparado. Eu tinha que dormir para suportar a maratona da Keane Week, o dia seguinte ia ser longo!
Óbvio que eu estava elétrica e se eu dormi, foi por cerca de uma hora e meia.

10/03/09, Terça-Feira, o Grande Dia

Acordei um pouco antes das sete da manhã, tomei banho e chocolate para não desmaiar de fome. Tentei comer um pedaço de bolo, mas de manhã não me desce nada.
Lá pelas oito horas, eu, minha bolsa com ingresso, encarte, protetor solar, máquina fotográfica, o presente do Tom, meu celular, gel antiséptico para as mãos, uma sacola com mantimentos, água, gatorade e os cartazes fomos em direção a casa da Rebeca, uns 6 quarteirões daqui.
Tava muito pesado e eu queria matá-la, pois o combinado era 7h45 aqui em casa para me ajudar com as bugigangas. Mas ok, demorei mais tempo e cheguei. De lá fomos para o Largo da Batata pegar um ônibus que desceu perto do Iguatemi e de lá pegamos outro até a Marginal.
No caminho, surtamos demais, estavámos cada vez mais perto do Keane. Tudo bem que ainda faltavam mais de 13 horas na fila. E ainda havia a possibilidade de não entrarmos na soundcheck.
Com todas aquelas tralhas, descemos sei lá onde no fim do mundo, andamos um pouco e pegamos outro ônibus que desceu atrás do Credicard Hall.
Andamos mais um pouco, cada vez mais ansiosas. Quando avistamos o portão do CH, gritamos loucamente ( mais pelo peso das coisas...) e a Rebeca começou a filmar nossa chegada. As outras groupies nos avistaram lá do outro lado e começaram a gritar!
Depois de quase dois anos, retornamos. Spirraling foi lançada em agosto de 2008, meu ingresso comprado dia 21 de dezembro numa tarde chuvosa de domingo e aí, mais três meses de espera, o grande dia havia chegado finalmente. Mas eu sentia-me triste, porque esse dia ia acabar, ia passar, como tudo na vida.
Gabe e Mika chegaram às 5 horas da manhã, mas ficaram no lugar errado. E aí o outro fã-clube ( The Frog Prince Squad) ou como é dito por aí, Clube das Pererecas, que não é oficial, é tipo do orkut, chegaram às 6hs e passaram na nossa frente. O dia inteiro teve 57 brigas por causa da fila, envolvendo o país inteiro, mas nem vou relatar essa tragédia, pois não vale a pena.
Ficamos mais de 12 horas na fila, então vou pular algumas partes.
Às 16h30, Eu, Lena, Aline, Meli, Beca, Céu, Nanny, Teresa e a sua filha, Patrícia, Mika, Gabe, a guria tosca que furou fila na nossa frente, a Maria Carolina (nossa fella de SC), uma menina que chorava no meu ouvido, uns gatos pingados, Biaki, Karla, Karen e o Squad - Agora que reparou quanta gente tinha naquela porta para entrar na passagem de som - meo dells - !
O segurança, um grosso, disse:
- Façam uma fila indiana! Vocês sabem o que é uma fila indiana? - perguntou cínico, olhando para nós, como se fossemos mendigos fedendo cocô.
A "chefona" ( eis como chefona vocês sabem quem) saiu pela porta e pediu os nomes para conferir na lista.
Céu e Lena, que estavam na nossa frente, minha e da Beca, foram as primeiras a entrar.
A Rebeca deu o nome dela, a Chefona deslizou os olhos naquela lista, e óbviamente, não encontrou, mas disse:
- Você pode aguardar um pouco desse lado?
E eu fui junto, porque ela ia me dizer a mesma coisa. Eu fiquei agarrando meu cartaz, aflita, observando através do vidro. A Céu e a Lena estavam conversando com uma mulher de verde.
Depois, uma menina deu o nome, e a chefona não achou.
- Gente, por favor, quem tem o nome na lista, por favor, aqui.
Eu não tirei o olho do vidro. De repente, a Céu, a Lena, as meninas e resto do pessoal que ia entrar na passagem sumiu. Senti um calafrio. Não era possível. Eu acrediatava tanto que íamos entrar, mas tanto, era uma coisa tão forte dentro de mim que eu mal aguentava. A Ceu e a Lena tinham tentado, tinham feito a parte delas. Nunca ia eu ia esquecer daquilo.
A Maria Carolina caia em prantos.
- Tem gente que entrou e nem sabe quem é Keane! É uma injustiça. - Ela tinha razão. Aqueles manés que ganharam a promoção da Mix tavam com cara de cú, de boa. Desanimados, pareciam ir para algum lugar pior que velório. Nenhum sorriso, nenhuma emplogação ou surto. Impassíveis e insensiveis. De dar raiva. Claro que fã é fã, não existe mais fã ou menos fã. Existem os fãs admiradores, os fanáticos alucinados/groupies... e claro, os fãs vulgares, ridículos, sem noção, dados, etc aka Bok*** e Pussy***.
- Érica, da outra vez, em 2007 nós entramos pela outra porta. - comentou Rebeca.
- Sim, mas foi porque estavámos a espreita do vidro.
- Mas então elas entraram por aqui?
- A Céu disse que sim. - E aí eu lembrei que ela havia entrado na passagem do Rio só e ainda das pessoas naquela escadinha da outra porta.
- Vou lá.
- Nãooo.
- Vou lá dá uma olhada e volto logo.
- Ok, Meli fica aqui no lugar da Beca.
Rebeca sai de fininho e volta uns três minutos depois.
- Não tem ninguém lá.
- A Céuuuu !!! Olha, ela voltou!!! - surtei, ela e a Chefona voltaram e estavam conversando. Logo, a Céu veio para porta e chamou: Teresa!
Eu nunca fiquei tão feliz!
E claro nem a Teresa hahahah!
- Sem a minha filha eu não vou - ela disse entre as lágrimas de emoção.
A Patrícia desencanada, consolou:
- Mãe, vai, pode ir.
- Sem a minha filha eu não vou.
- Só uma pessoa.
- Sem a minha filha eu não vou, vem filha!
- Ok. - Entram.
E lá vem a Céu de novo:
- Meli!
YES! Feito nosso esquema, a primeira do pacto de nós 3!
- Meliiii! - gritei! - Vem!!
Mas a Maria Carolina, aos prantos, foi puxada pelo segurança antes e conseguiu entrar. A Meli foi em seguida.
Olhei através do vidro a Lena acenando para mim. AAAAAAAAAAAAAH! Olhei de soslaio para o segurança, e entrei. Pulei, gritei, abracei todo mundo que estava lá. Rebeca veio segundos depois, chorando muito, nunca vi.
- A gente conseguiu, BECA! Pega a câmera! FILMA! - Eu só gritava e a Beca só chorava, meio caída. - Vai!!!
- Eu nãoo.... consigo.
Ok, essa cena depois, eu gritando "A gente conseguiu" temos filmado. Todo mundo tão feliz. Parecia o final de uma guerra horrível, a conquista da paz, foi o momento mais emocionante da minha vida. Ver aquelas pessoais especiais extasiadas de felicidade, aliviadas ao mesmo tempo e sabendo que íamos vê-los em segundos, simplesmente não tem preço. Nos recompomos para entrar em silêncio, mas depois sai disparada na pista. Eu queria ficar no meio do meio, em frente ao Tom. Quando entrei lá, tinha um povo. Mas estavam do lado esquerdo e direito. Onde o Tom estava, exatamente, não havia ninguém, como se aquele posto estivesse sendo guardado para mim! E mais uma vez, Tom Chaplin, estava na minha frente, muito na minha frente! Levei meu cartaz "Please Play My Shadow", o Tom disse alguma coisa que não entendi, depois a Mika me contou.
Algo como: Eu estou aquecendo minha voz, não posso cantar essa música porque vou ficar com dor de garganta e aí minha voz vai ficar ruim"
Mika says: But your voice it's beautiful anyway.
O Tom não entende, sai do microfone e pergunta: What?
Fofo!
Naquele jeito britânico e sexy, único dele. Ele, Tom Chaplin, bem na minha frente, fazendo brincadeiras com a voz, dentro de uma jaqueta azul/preta, blusa rosa, sapatos de verniz ( a coisa mais brilhante que eu já vi na minha vida *pobre*)

E o Tim, o Rich e ... o JESSE! Gente, como ele é lindo! E ele olhou acenando para mim e depois para a Gabe que estava do meu lado. Ela pediu ele em casamento. xD

E aí... eles começaram a tocar SPIRALLING. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

Eu pulei muito, quase na altura do Tom. Ha, inventei.
Quando acabou, acho que foi quando o Tom falou comigo, explicando que não ia poder cantar MY SHADOW. Antes eu fiquei gritando Please Play My Shadow seguido de um coro das groupies. É, foi antes. Porque quando tocou SPIRALLING eu joguei o cartaz no chão.

Então, o Tom deu uma parada e disse:

- We gonna sing one more... - pensei que realmente seria MY SHADOW - Let's... - Conversa com com Tim. - We changed. This is from our Hopes and Fears album.
E depois tocaram Everybody's Changing. É uma música do meu coração, foi uma das primeiras que eu ouvi deles, amo, mas juro que era bem mais MY SHADOW.

E foi isso, tocaram só duas músicas, só. E desceram, demoraram para descer. Eu vi o Tom atrás do palco e uma loira águada vagaba pegar na cintura dele. Foi a primeira vez que senti a maior inveja da minha vida.
Mas aí, a Beth, a manager deles é fofa e linda, do nada lá na frente perguntou
- Who asked to play My Shadow? - e eu me distraí dos meus ciúmes.
- Me!
- It's beautiful. It's my favourite song as well.
*morri*Pensei, uau, talvez eles toquem mesmo... um dia.
Logo depois, o Keane desceu para falar com a gente. Só que eles iam ficar sentados, autografando, não iam conversar e tirar fotos exclusivas. O pessoal de lá ia tirar foto e mandar por e-mail para nós. E eu PRECISAVA MUITO de uma foto com o TOM! Mas tudo bem, ainda tinha BH. E até parece que eu ia ficar triste!
A Lena me pediu para ir com ela, porque não falava inglês direito e tava nervosa para falar com o Richard, o seu preferido. Troquei de lugar e fui para frente, me arrependi. Devia ter ficado no final da fila e mais tempo com eles.
Eu disse para a Beth:
- Hey, Beth? Can I go with her? Coz she doesn't speak english quite well.
- Ok, sure, that's ok.
Depois, o Andy, o segurança e a Beth ficaram um tempão conversando comigo. Não lembro de nenhuma palavra e nem o que eu falei, tamanho era o meu surto. Mas viramos BFF!
Sério, até agora tento lembrar daqueles 20 minutos que conversamos e nada.Eu sei que falei para Beth antes sobre o Jesse, porque a Céu tava chamando ela para dar o presente dele.- And Jesse? I wish I could take a picture with him!Ela me falou alguam coisa, mas não lembro mais.
Quando chegou minha vez, dei meu encarte para o Tim, o primeiro da mesa.
- Hi, Tim! Can you sign for me? - Ele, o homem mais lindo que eu já vi na minha vida. E não dava para olhar por muito tempo, a beleza não é suportável. E eu, imbecil, disse "can you sign for me?" Ok. Pelo menos saiu alguma coisa e com sotaque. Não foi que nem daquela vez, em 2007 que fiquei calada, não falei absolutamente nada com eles e ainda tirei fotos horríveis.
- Oh, and can you give an autograph for my friend? Her name is Carol!
- Yes, can you spell it for me?
- C,A,R,O,L.
- Oh! Carol! - Ele se tocou. Foi engraçado e rimos.
- Yeah, like Carolina! Hahaha! Thanks, Tim! You're sou gorgeous, handsome! Bye!
O próximo era o Tom que queria me assassinar com aqueles óculos escuros, só podia.
- HI, TOM!
- HI! - Gente, como ele é feliz, adoro.
- I wrote a song for you, but I forgot in the line! I'll will be at the BH gig, so I'll give to you there.
- You wrote a song for me?!
- Yes, it's called "Supernatural".
- "Supernatural"? - Ele sorriu surpreso e feliz. Ele falando isso ecoa ainda na minha mente... aquele sotaque... aaaaaaaaaa.
- Yeah, maybe Tim like it.
E do nada o Tim que estava autografando sei lá o que de sei lá quem, vira para mim e sorri o sorriso mais lindo do mundo. Muito fofo.
- She's sayng that she wrote a song for me!
- Yeah, I wrote songs since I'm 13.
Pûs o cartaz na mesa - That'ts for you, if you changed your mind. I thought to give uou later, but... keep it. I love this song that Tim wrote to Lilac! - Pega o cartaz e autografa. Surto. Tim sorri para mim de novo.
- Oh, so do you wanna it back? - Ah... ele autografou o cartaz sem eu pedir.
- Oh, er... ok, fine, I'll give to you them. - A essa altura eu já estava na frente do Richard, e o Tom virado conversando comigo.
- Hi, Richard!
Lena me empurrando e surtando, nem falei com ele direito, só o que ela havia me pedido. E reparei que ele estava meio de saco cheio, não deu muita bola para mim. Dane-se. Eu falei com o Tom. Esqueci de pedir para apertar as bochechas ou beijar ou abraçar, mas tudo bem, eu não estava pensando naquele momento.
- This is Lena, the biggest fan of you. She is making a website of you.
Lena dá o presente para ele numa caixa linda!
- Oh, is this for me? Wow.
- Yes!
Abre e vê que é uma bateria em miniatura.
- Wow, it's beautiful, love it. Thanks.
- Oh, she is asking for your drumstick.
- Ok, let's leave for later! - Ri.
E aí, tivemos que sair da pista e voltar para o hall. Encontrei o Andy no meio do caminho.
- Hey, Andy!
- Hey!
- Can we take a picture together?
- YEAHH! - Quanta empolgação.
- I'm going to BH gig too.
- YEAHH!
*medo do Andy*
Chegam as meninas surtadas.
E eu, não acreditando conversei com o Tom, que tinha os encartes dos meus cds autográfados, o cartaz também.
Gabe - Eu abraçei ele!
Rebeca - Eu beijei a bochecha do Tom. Perguntei... Tom, Can I ki-kissss you?
- Ah, drogaaa! Esqueci totalmente disso! Meu sonho é beijar/apertar a bochecha do TOM! Mas a Lena me deixou nervosa, esqueci! Mas tudo bem!
- Lena, me explica, por que não disse nada para o RICH?
- Fiquei emocionada, não dava!Ficamos lá até todo mundo voltar, a guria tosca ficou se achando. Lembrando que ela entrou graças a mim, já que eu dei uma pulseirinha do fã-clube para ela.
- Nossa, estou tremendo até agora, olha.
- Nanny! Você entrou também? Nem vi! Que bom! - Nosso fã-clube tava reunido.
- Sim, o segurança viu a pulseirinha e me puxou.
- YES!
- Bom, vamos voltar para a fila.
Bom, depois ficamos mais algumas horas na fila, teve mais briga, a fila abriu, disparei que nem uma louca, gritei LENA, guardei lugar para a Céu, fiquei atrás da Lena, super perto do palco, Carol e pessoal louca da fila ficaram cantando as músicas mais hilárias do mundo, teve a porra do show do Fresno, o Keane entrou, eu berrei muito em todos os momentos, Tom escorregou com aqueles sapatos brilhantes em Crystall Ball, mas não caiu, a Lu me enconchou, enchochei a Lena, fazer o que, gritei TAKE OFF THIS JACKET, TOM, minha garganta deu fail surpremo ao dar um croc em YOU HAVEN'T TOLD ME ANYTHING, a Lena isso aí ÉRICA, vamos lá, o Tom subiu na grade do meu lado, derrentendo, nunca vi nada igual, tirei foto bem nessa hora, contei faltar mais 6 músicas ainda, jogaram bandeira, o pano de a Maria e a Carol fizeram WE LOVE KEANE que o Tim colocou em cima do piano, o Tom fez cara de dor em UNDER PRESSURE, falou português várias vezes, filmei BEDSHAPED, o show terminou, eu estava feliz, ainda tinha BH, corremos para fora para comprar camiseta, descobrimos que não tinha a lojinha, corremos para a fonte do CH, bebi coca, corremos para trás do CH para esperar eles saírem, esperamos até quase às 2 horas da manhã, decidimos ir embora, me despedi da Céu, mimimi, eu e Beca pegamos um táxi, cheguei em casa acabada, tomei banho, arrumei as coisas, bebi 2 litros de água, minha cabeça a mil, tentei dormir. Ainda tinha BH!





P.S.: Se falatou relatar alguam coisa importante, foi o surto.

5 de mar. de 2009

Por que jornalismo, Érica!?

Redação que tive que fazer para a minha aula de Laborátorio de Jornalismo.
Tema tosco: Por que escolhi jornalismo?


Por que jornalismo?


Lembro-me que na sétima série eu que queria ser arqueóloga e desvendar os segredos e mistérios ainda ocultos na História, que eu queria ao mesmo tempo ser estilista e ter minha grife desfilando nas passarelas. Quando eu queria cursar cinema na oitava série e ser uma atriz famosa em Hollywood. E lembro-me que no mesmo ano, minha professora de português disse que eu tinha aptidão para seguir algo nessa área. Não liguei para esse comentário, mas escrevi minha primeira música, minha primeira poesia, minha primeira história e nunca mais parei de escrever nem de ler um livro por dia. Até que minha mãe me sugeriu fazer jornalismo.Mas jornalismo é muito mais que escrever e ler muito.

O jornalismo tem um compromisso com o público, tem como ferramenta principal a apuração dos fatos, armas que são as palavras e as imagens, uma guerra contra o tempo, contras as hipóteses e incertezas e sofre pressão de instabilidades pelos seus múltiplos caminhos.
E ainda é a profissão que mais de adapta a minha personalidade.


Mesmo quando eu queria só ter uma banda de rock, eu já tinha uma "coisa" se balançando dentro de mim, berrando também, que eu não podia viver num mundo medíocre como esse onde pessoas moram na rua e morrem de fome, algo dentro de mim sempre desejou reverter tudo isso. Mas como? Eu sou uma pessoa só... O que eu deveria fazer?

Eu sei que qualquer carreira que eu escolhesse eu poderia plantar sementes para que um novo mundo florescesse. Mas não. Eu escolhi jornalismo. Era o certo para mim.Na verdade, não existe certo, também não existe jornalismo certo, mas existe o jornalismo ético.Esse que procura a verdade da realidade e tenta com todas as forças que se tornem mentiras, apenas histórias, lendas, tragédias irreais.É nesse jornalismo no qual eu acredito, sou completamente apaixonada, e não no sensacionalista, no comercial, que faz da notícia um espetáculo rotineiro, da vida uma linha retilínea acomadada num sofá em frente a TV, de costas para quaisquer mudanças.

O típico stress, trânsito, imediatismo, o atual individualismo encurtam as atitudes e as interpretações dos fatos, porém, ainda é possível, que o jornalismo inspire esperanças e ações revolucionárias, desde que aprofunde as críticas ao sistema, faça as pessoas refletirem e rejeitarem situações precárias como fome, violência, corrupção. O jornalismo pode acordar as almas para começarem a viver.

Por que não fazemos nada para o mundo mudar?
Medo?
Preguiça?

Talvez eu seja louca e iludida, mas acho que para mim, a forma que eu tenho nas minhas mãos, a forma que sou capaz de mudar, de ao menos tentar, de fazer diferença é com o jornalismo, de mostrar que o mundo pode ser um lugar melhor para se habitar.


Por que jornalismo? Porque esse é o estilo de vida que escolhi, porque é a maneira que vou viver, porque quero dignificar e diferenciar as nossas vidas.


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