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19 de mar. de 2009

K E A N E W E E K - Parte 3 @BH yet

Quinta-Feira, 12/03/09


Eu não durmi, desmaiei. Mas às 6h05 eu estava acordada com a luz do amanhecer de Belo Horizonte. Não dá para continuar a dormir com uma luz ofuscante bem na sua cara.
O pior era que estava muito calor. Aquela brisa fresca, quase fria da noite anterior que atrapalhara meu visual descente nas fotos, havia ventado para longe.
Eu queria chegar o mais cedo possível, todavia o Oz demorou um pouco para acordar e o nosso processo mental lento também não facilitou. Lá pelas 7h40, saímos da casa dele e fomos em direção ao Chevrolet Hall. O ônibus até lá fez um caminho turístico pelas ruas de Belo Horizonte. Tudo era agitado naquela hora do rush, mas não estressante, caótico, frustrante. Havia trânsito, mas era algo normal pelo excesso de carros. As pessoas também não tinha cara de cú, de conformismo miserável. BH era mais calma, mais colorida pelos outdoors, diferente de São Paulo. Muito. Mas mesmo assim, sabendo que existe um lugar tranquilo com pessoas normais, onde se é possível se viver melhor e mais, eu não troco Sampa. É a minha cidade.
Troco por Londres numa boa, claro. Até Nova York.
Avistamos o Chevrolet Hall e assim que chegamos lá, vimos que já haviam uma aglomeração. Eu fui a primeira a ver, Oz e Beca os primeiros a se espantar.
- Já tem gente.
Oz se surpreendeu com os invasores bárbaros na cidade dele. Em BH não existe isso de ficar o dia inteiro na fila. No dia anterior, os meninos tentaram nos persuadir, com argumentos que o povo de lá é desencanado (eles quiseram dizer isso, não usam essa palavra lá e nem "bizarro", "sussa", etc). Mas eu e a Beca sabíamos disso. Não era essa a questão. Queríamos chegar antes de "you-know-who", sermos as primeiras a entrar na pista e pegar o lugar do meio, em frente do Tom. Embora eu soubesse que sempre ficam do lado esquerdo ou direito. Tanto que na passagem de som, exatamente, nem mais nem menos, onde Sir Tom Chaplin estava não tinha ninguém.
Chegamos às 8h05 e falhamos na nossa missão. Haviam 11 pessoas, pegaríamos grade obviamente. Havia um pessoal legal do Squad, a Fê, a Paulinha, a Cris. Elas fizeram uma lista com os nomes para não dar confusão na fila como em São Paulo.
Os cidadãos de BH não tem ódio no coração, ignorância, raiva, stress, eles são tranquilos e fofos demais para isso, mas mesmo assim, era bom fazer a lista.
- Érica, né e a sua amiga?
- Sim, ela é a Rebeca. - Como diachos ela sabia meu nome se ninguém tinha pronunciado uma palavra? E tava na cara que mesmo assim ela ia escrever meu nome com K só para variar.
Ela escreveu o nome do oz também, mesmo ele dizendo que ia para a aula e voltaria 'rapidim'.
Rebeca reconheceu a Marul, uma fã argentina, que veio assistir o show do Keane aqui também.
Disse que conhecia a Gaf e outras coisas.
Eu começei a comer sucrilhos para não desmaiar de fome.
Eu e a Rebeca estávamos conversando quando veio um grito "owww" súbito. Eu imaginei quem seria o bêbado aquela hora da manhã, quando eu percebi que era o Oz acenando dentro do carro do Rafa (eles fazem a mesma facul), e aí o carro desapareceu dentro do estacionamento.
Era 10h15!
Como eu falei para eles, eu sabia que iam voltar para a fila umas 10h30 ou antes. Acertei. Ver o Keane no hotel havia mudado a vida, a personalidade deles para sempre.
Veio logo em seguida o Mário, um amigo deles também. O Rafa deu a idéia de ele se passar pelo Drano e colocar o nome dele na lista, uma vez que ele iria demorar para chegar. Era aniversário do Drano e do Rafa naquele dia. No mesmo dia do show do Keane, nada mais conveniente e perfeito. Antes, na casa do Oz, quando deu meia-noite, ele pegou uma vela e acendeu numa laranja e cantamos parabéns para o Drano.
Olhei para o relógio e vi que eram 10h39. Levantei meus olhos para a rua, para o movimento ou a falta deste em BH. Onde estavamos primeiramente agrupados na fila, na entrada no estacionamenento do CH ( e depois tivemos que mudar para o meio da calçada!) havia uma van prata estacionada, a idolatrada Banana Veloz. Comentei discretamente com a Rebeca e fiquei observando, fingindo me proteger daquele sol ardido.
Mas era a crew provavelmente, montando o palco. Poderia ser o Keane reconhecendo o território, e voltariam para o hotel e almoçar, ué.
Só sei que eu não tirei os olhos daquela van um segundo. eu não estava sentindo nenhum impulso me puxando para lá, logo não era nada mesmo. Tanto que ninguém deu bola para a Banana Veloz.
Rafa e Oz ficaram até umas 11 horas na fila, quando foram colocar o esquema número quatro em ação. Eles só voltaram lá pelas 14 horas. Ficamos com vontade de matá-los. Precisavámos fazer xixi e nossa fome começava a incomodar os tecidos dos nossos estômagos.
Quando voltaram, a fila já havia crescido. Renata, uma menina de Brasília, e o seu pai, e um menino que por coincidência também era de lá e estava esperando o primo, se esticavam no plástico bolha que o pai da Renata comprara. Bem melhor que sentar no chão.
Por fim, eu e Becks fomos almoçar.
Enrolamos para escolher o que comer. Não havia muitas opções naquela praça de alimentação minúscula daquele shopping que era o Iguatemi de lá. O Spoleto estava com uma placa escrita "em breve". Almoçamos no restaurante do lado, após nos assustarmos com o preço de um outro tipo o Viena mais caro de lá.
Becks pediu um fettuccine gratinado e eu Inhoque a bolonhesa gratinado. Eu não gosto de bolonhesa (?), mas era minha única opção. O prato era gigante, não aguentei, pedi para embrulhar e depois demos para um zé povinho que ainda pediu a água da Becks. Como eu disse, você dá o dedo, querem a mão.
- Você dá a mão, querem o braço, num é assim? - disse Becks.
- Você dá o dedo, querem a mão. Você dá a mão, querem o braço. Fim.
Voltamos para a fila que crescera mais umas duas pessoas. Essas pessoas se não me engano, era a Julie, e o Marcos, o tal primo do menino de Brasília. ele tinha uma camiseta linda do Keane made-yourself!
Na fila, fizemos social com os outros fãs, mais um cartaz, comemos tubinhos (eu tinha visto nas lojas americanas de lá e comentado que seria um sinal de sorte).
Daí às 15h15, a van partiu.
Quando ela saiu, para mim tava na cara que iam buscá-los finalmente.
As 16h33, eu ouvi uma palioweekend prata buzinando. Vi atrás duas vans Banana Veloz pratas. Eu fui atrás, sem correr como alguns fãs decentes fizeram também.
Vi o Tim dentro do carro. YES! Eram eles mais uma vez. No ônibus para BH, eu havia dito que veríamos eles 7 vezes. Era uma promessa.
A primeira vez no soundcheck sortudo de 2007.
A segunda durante o show de 2007.
A terceira na soundcheck de 2009.
A quarta no show de SP em 2009.
A quinta no hotel em BH.
A sexta na passagem de som.
A sétima durante o show de BH.
Eu queria vê-los todos os dias, toda hora.
Eles saíram do carro, nos cumprimentaram, becks tirou fotos, alguns surtaram, outros deram gritinhos histéricos.
Já havia umas 20 pessoas na fila, mas eram 17 horas.
Começamos a sentir um frio na barriga tanto porque faltavam poucas horas para o show ( dependendo do ponto de vista) quanto porque ia ser um show quase particular. Aquilo dava medo... Uma muvucazinha se deu início na hora que ia começar a passagem de som. O pessoal que ganhou a promoção entrou. Um mulher gordinha começou a chamar cerca de uns vinte nomes da lista. Umas três, no máximo, apareceram. Era nossa chance. Rebeca deu um alôu para o R. que respondeu grosso. Duas meninas super fofas que infelizmente que esqueci os nomes, sorry, mas são as meninas dos bottons, elas ficaram conversando conosco um segundo. Contamos para elas que erámos do fã-clube oficial e tentaram nos ajudar para entrar. O Andy desceu, olhou para nós e desvirou. - Ele ouvi ele dizer "No" - disse uma delas. - Ele tá de mal comigo ainda... devíamos ter escondido nosso rosto. - Devíamos ter fingido ser a tal da Amanda... O R. voltou e pedimos para ele para nós entrarmos: - Já tem muita gente, lotado, num dá mais... não tem como.

- Mas somos do fã-clube e... E ele deixou a gente falando sozinha. Pussy entrou.

- Ela sempre entra em todas as passagens? - Rebeca perguntou para nossa nova BFF ginger.

- Er... eu não sei... - ela repondeu sem graça, meio chateada.

- É, Becks, já era. - eu disse quando comecei a escutar The Lovers Are Loosing. Não ficamos tristes por não ter entrado. Afinal, tinha sido perfeito demais, nada ia estragar aquele momento. Claro que eu queria muito ter entrado, ainda mais porque eles tocaram 4 músicas: TLAL, TITLT, UP e Spiralling. Ainda desceram do palco, tiraram fotos exclusivas. Essa não foi a questão. Uns segundos depois, fiquei fula da vida. Vocês sabem. Não é justo. Todo mundo é fã igual, mas enfim. Como a Rebeca disse, estavamos é mal acostumadas. Desde o primeiro show do Keane nós entravamos nas soundchecks, quando eu nem se quer sonhava em ser tão fanática, quando Queen e Coldplay eram minha banda preferida, quando eu queria casar com o feio do Principe William... Pfff! A Rebeca ligou para o Rafa, perguntando onde raios eles estavam ainda... precisvamos ir pela última vez ao banheiro. Eles estavam no estacionamento e fomos direto para lá. - Vocês não tem idéia do quão perto ficamos de entrar na passagem. - disse o Oz, meio fora de si. - É, nós temos... - eu tava p. da vida e não queria ficar para não estragar minha Keane Week. aí que eu fiquei mais p da vida. - Nós conversamos com a Chefona MOR* - Rafa começou a contar empolgado - e ela disse "por mim tudo bem, tem que ver com a banda". Ligou para a banda, eles autorizaram. O Keane AUTORIZOU nossa entrada na passagem de som... aí tinha que ver com a produção deles... e não deixaram.

- O Keane autorizou e a produção vetou. FIM. Não entramos. - Morri... Afff... Depois dessa, preciso dar um rolê por aí. Ainda estavamos ouvindo o Keane ao vivo lá de cima na arena do Chevrolet Hall quando fomos para o shopping. Fomos ao banheiro e depois numa lan do meio do shopping. Esfriei a cabeça e depois ri. Foda-se. Quando voltamos para a fila, o pessoal tinha acabado de sair da passagem. Reencontramos nossas amigas dos bottons e elas nos contaram tudo. - Meu, do nada chegou uma baranga com um vestido banana... (BANANA VELOZ?) não entendi. Mas oh, foi demais! Eles são super simpáticos! - Não são? E o Tom é lindo, mara! - Elas vão viciar em Keane agora como aconteceu com a gente, Érica. - Quantas pessoas tinham? - Umas seis... os quatro da promoção, nós duas. Ah, e aquelazinha. - Out of the limit o escambau! - eu falei algo bem mais chulo na hora. Pela última vez, voltamos para a fila. E lá ficaríamos até o show começar. Quer dizer, até abrirem as portas. Lá pelas 19 horas e alguma coisa, ouve o surto, pânico, desespero. Senti raiva, queria bater em algum, precisava. Eu como pessoa e jornalista não posso admitir injustiça, nada errado, algo sem bom senso. NUNCA. Se não, não me chamo Érica Perazza. Começou o boato que iam abrir as duas portas: a da frente e da de trás. A da frente, onde estavamos, nós que chegamos às 8hs, 7 horas da manhã... nós que ficamos mais de 12 horas na fila e ainda que filha duma puta do segurança tira sarro da nossa cara. Mas eu xinguei, briguei com ele, começei uma mini-revolução na fila. - ABRE AQUI PRIMEIRO! - O coro era só eu, mas não desisti, logo uma gelerinha começou a gritar também. Foi a coisa mais estressante da minha vida, pior que vestibular ou qualquer coisa, e não pretendo sentir essa emoção novamente. 13 horas na fila, 8 horas e pouco de viagem, fiz tudo que pude e não pude pelo Keane para eu não pegar grade, ficar no fundão e aquele povo que chegou ás 20 horas ficar na minha frente? O caraleooooooooooooooooooooo. Eu fiquei mais que puta da vida e voltando a escrever isso, volta ficar. Aquele Chevrolet Hall é uma merda. Mal organizado, com um monte de segurança pretensioso. Ainda, separaram a fila. Homens de um lado, mulheres de outro. Mas tinha muito mais mulher. As 11 na minha frente, que chegaram primeiro, foram ultrapassadas por uns caras. Mas eu disse " tenham bom senso, chegamos primeiro, vamos ficar na frente, porra" E aí, como eu fui muito educada, eles disseram que tudo bem. Faço boxe, quero ver alguém se meter. Às 20h30 eu acho, abriram o portão. Corri, mas eu corri mesmo, pulei degraus tinham umas mega escadas pqp), disparei. Caraca, corri muito mesmo. Quando chegeui na pista, Oz, Rafa e Drano, estavam lá, bem no lugar que eu queria, em frente do TOM, no meio do meio! E não tinha mais ninguém. Aqueles desgraçados no fim, abriram a primeira porta. Rebeca se enfiou do lado do Oz. Ficou um pouco para a esquerda do Tom. Longe de mim pela primeira vez num show do Keane.

- EEEEEEEEEEEEEEEEEEEE. - Ela gritava extasiada. Eu nem preciso dizer o quão feliz eu fiquei. Tinha dado tudo certo, como eu havia imaginado, programado, acreditado. Eu era o otimismo, a esperança do grupo hahaha. Minha intuição até aquele momento havia funcionado em perfeita simetria com o Keane. Meus impulsos tinham dado certo. Isso só podia ser um sinal para eu acreditar mais em mim mesma. Acreditar, enfrentar e conquistar. As coisas boas da vida realmente acontecem. Como sempre acontece, nas horas mais inapropriadas, eu precisava fazer xixi. Uma menina atrás de mim, disse, "vai lá, e depois volta que dá" Aha, e ela num ia roubar meu lugar VIP? Em frente ao TOM? NEVER. Que se dane, em algum outro momento eu ia esvaziar minha bexiga. Isso era uma verdade absoluta, um dogma. Mas ver o Keane? Só daqui uns 2 anos ou na Inglaterra. Ok, eu sou louca. Radiotape foi a banda que abriu o show em BH. Preciso dizer que foi cento e quatro vezes melhor do que Fresno? Naaa. O vocalista e o baixista ficaram o dia inteiro rodando o CH, tanto que uma hora eu perguntei:



- Vocês são do Radiotape? - Eu sabia que sim, a Rebeca conhecia a banda e ainda tinha conversado com o Caputo pelo Myspace. Eles cumprimentaram a gente com beijo na bochecha, olha que educados ( sou muito mais o Tom fazer isso e outras coisas, her). mas eles são bem simpáticos. percebi que estavam meio receosos com o show, tanto que pediram: - Ou, aplaudam, por favor, he.

- Claro! - Eu disse que eles eram meus idolos por terem me salvado de ver Fresno pela segunda vez na minha vida. Durante o show, nós ficamos gritando LULIS. Eu entrei nessa depois, sem saber, mas era divertido. Lulis é a tal da ex do vocalista, amiga do Oz. Radiotape foi bem recebido, só me irritou aqueles merchans deles. Pfff. O show acabou. Era avez do Keane. Eles atrasaram só uma hora. Eu não aguentava mais, até bocejei, que vergonha. O Oz encheu a minha bexiga rosa pink que a Julie me deu. Mas assim que começou o show, eu me desfiz dela. Alex, o fotógrafo deles, ficou entre o palco e a pista, bem na minha frente. - Meu, o ALEX tá bem na minha frente, não vou ver nada! O Alex olha de soslaio e sai da minha frente na hora.
Uma hora depois... as luzes nos intrumentos acendem. YEAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

*gritos/berros e afins*
Eles fazem sua entrada.
Nesse ponto, o CH tava cheio, lotou do nada, foi incrível. Não estavamos dando nada para aquele povo, mas do nada uma multidão emergiu, e gritava, aplaudia, se emocionava. Eu senti orgulho de estar naquele show, naquela cidade. Uau.
Fato também que o Keane se surpreendeu. Eu NUNCA, NUNCA vi alguém tão feliz como o Tom estava. Juro por Deus. Nem eu fiquei tão feliz assim quando vi eles no Hotel, quando eu passei na faculdade e me livrei do cursinho, quando vi o Tim o cara mais lindo na minha vida, quando comprei meu ipod. Nem os brasilieros quando o Brasil ganhou o Penta em 2002. Ele sorria demais e a gente percebia que era real, sincero, autêntico. E por isso era melhor ainda... porque a gente sentia a felicidade dele... deles. Richard também estava bem humorado agora. Ele riu litros, principalmente quando eles se juntaram na frente para tocar o acústico e o Tom disse:
- This is my backstage band. - Todos riram, mas o Tom caiu na gargalhada literalmente. Depois, apresentou o Tim.
- This is Tim Rice-Oxley - e no Oxley ele deu uma pxada muito britânica.
Apresentou o Jesse Quin como o baixista de apoio e que tocava um pouco de tudo. Riu nessa parte também.
Eu ficava gritando RICHARD e ele olhou para mim umas duas vezes. Eu queria pedir a baqueta dele para a Lena. Oz fez uma mimica tosca e hilária para ele entender, mas não deu certo.
Eu continuei a gritar RICHARD porque ele tava na minha frente e eu não ia desistir, tinha que pegar a baqueta.
Tom apresentou o Richard.
- This is Richard Hughes, the most popular man in Brazil! - E riu mais ainda. Richard também riu e ainda fez cara de "Como assim?".
O pessoal da pista começou a bater o pé no chão... foi demais. O Rich olhou para o Tom e disse algo como "Olha isso, zenty!"
Não tem como explicar direito com palavras essa cena. Só digo que foi a mais incrível, mais emocionante, mais tudo que eu já vi!! A melhor de longe do show.Eles rindo demais, felizes, não teve preço. Nós ficamos extasiados também. Foi uma troca de emoções muito forte. hahaha.
Ao começar "This is the last time" , Sir Tom Chaplin riu no meio da música... ele não conseguia controlar aquele êxtase. Ai, foi lindo e fofo. (L)Outros comentários sobre o show, tanto de SP quanto BH.
Atlantic, e é uma das minhas menos preferidas, mas ao vivo ela é uma das. E para mim, foi a surpresa do show, não tinha em nenhuma outra set list. You Don't See Me - "Essa ér uma cançon de protesto!" (SP) Quando o Tom disse isso, pensei que fosse PS. Em BH, " quando o Tom disse "Essa é nossa cançon mais linda!", pensei que fosse PS de novo.
Em São Paulo, a melhor foi "You Haven't Told Me Anything" Foi a que o Tom mais se empolgou, a que eu mais gritei, minha garganta fez até um som de rasgar! CROC.
Foi a primeira do CD que eu me apaixonei e esperava muito para ouvi-la ao vivo. A introdução é perfeita.
Em BH, a melhor foi PERFECT SYMMETRY. De todos os milhares de vídeos que assisti no YouTube, nunca apresentaram a música dessa forma. Eles deram tudo de si, o Tom arrebentou na voz límpida dele. No meio da música, ele desceu no palco. " ELE VAI DESCER!" eu berrei. E do nada ele sumiu... pensei que ia passar na minha frente... E que em Crystal Ball como ele faz, ia pular na grade. Mas aí, eu vi ele vindo, passando a mão na mão da galera ( tentei organizar essa frase de outro jeito, mas ia perder o sentido, pq foi exatamente isso que ele fez). Só que bem na minha vez, ele parou... Eu não ia tocar na mão do TOM!

Foi quando ele pulou na grade...



EXATAMENTE... EXATAMENTE

MUITO EXATAMENTE MESMO... NA MINHA FRENTE. NEM MAIS UM CENTIMETRO PARA O LADO ESQUERDO NEM UM PARA O LADO DIREITO.




Preciso dizer que fui esmagada nessa hora porque todo mundo queria encostar nele? Mas preciso dizer que valeu a pena. HAHAHAHA. Eu master apalpei ele de novo... HAHAHA. Eu dei um abraço agarrado nele ( e aquela jaqueta é super fresca, gente! Descobri o segredoooooooooo!) Os eguranças vieram segurar ele, ele arregalou os olhos... e depois desceu.
- EU TENHO SUOR DE TOM CHAPLIN! - a Rebeca berrou do outro lado, esfregando no rosto. Crystal Ball sempre a melhor, a mais animada ao vivo. Não tem o que dizer. TODO MUNDO pulou, tanto na pista quanto na arquibancada, foi muito massa ver isso, such a beautiful view!
Já Again&Again que está como a minha preferida do novo CD (como se eu tivesse realmente uma música preferida do Keane! Pff!) ao vivo é estranhassíma, pelo menos na parte do piano do Tim. Não é ruim, mas preferia A Bad Dream de boa. Pelo menos em BH, afinal todo mundo ficou gritando para tocarem essa... tanto que acabaram tocando no Rio.Under Pressure, o que dizer? Amo Queen e o Freddie Mercury, eram meus favoritos até eu trombar com o Keane e Tom Chaplin. E Tom por sua vez, não fica atrás do Rei Freddie, não mesmo! Soa muito melhor. Eu sonhava em sentir essa música ao vivo e ouvi 2x...! (3, considerando que ouvi a passagem de som...)
Em BH, o solo do Tom foi "Bread and Break" no lugar de Playng Along. Foi uma pena não ouvir Sing us a swing time Brazilian melody"porque em São Paulo todo mundo grita demais, não dá para ouvir a voz do Tom, gente... Mas eu amo demais "Bread and Break". No lugar dela sem ser acústica, tivemos "Better than this". Essa parte eu filmei ( E a Rebeca disse que ficou ótimo, uhul) eu não cantei muito para filmar retinho e tal, e ainda eu segui a camera por onde o Tom ia. Ele dançava com aquela guitarra de uma forma rock'n roll muito provocadora (AI MEU DEUS, se eu pego ele ele tá...!) E a surpresa do show de BH foi essa. Quando ouvi essa música pela primeira vez, não gostei de cara. O tempo passou e eu mal ouvia ela. Mas como tava nas últimas set lists, eu dei uma estudada na letra e amei. É a melhor letra do PS. E ao vivo é MUITO melhor. Tanto pelo som quanto pela cena do Tom com aquela guitarra, ui.
No orkut eu vi que um menino ouviu duas meninas conversando:
- Quando ele entrou vi que só tocava um tiquim de guitarra e aí depois ele começou a cantar. Aí me toquei, que não era o guitarrista, ele era o vocalista.
- Ahhh é?

Bom, por fim, como todo mundo sabe, a última música foi BEDSHAPED.
Eu queria chorar porque era o fim, the final score, mas... eu tava muito feliz.
Na manhã seguinte, acordei cedo, quebrada, meio zumbi para ir embora para São Paulo.
Entrei no ônibus e senti uma vontade incontrolável de chorar. Eu estava muito exausta, roica, dolorida em partes do corpo que eu nem sabia que tinha. Coloquei meus óculos escuros e deixei as lágrimas escorregarem pelo meu rosto. Eu não queria que ninguém me visse naquele estado tosco. Duas das três coisas que odeio fazer em público é dormir e chorar. Oz e Rebeca acenavam para mim. Queria voltar ao tempo. Dor no peito. Ter aquilo mais uma vez. Mas não. Era sexta-feira 13. O dia da minha volta para a realidade hostil. A vida era assim. Eu sabia e repetia. Um sonho metade pesadelo.

Minha Keane Week havia acabado.
Meu sonho terminou e estava na hora de acordar.

"Was it just a dream, just a dream, coz it was real to me"

Final de show é como término de namoro (Alguns). A gente fica feliz que viveu aqueles momentos, triste porque acabou. A depressão começa porque parece que nunca mais vamos ser felizes daquela forma, mas depois, vem uma esperança, a gente sabe que a vida continua, que mais desses momentos, mais shows desses virão. E a gente volta a estar alegre. Continuamos a viver com esperança só, daquele jeito comum que todo mundo vive. Não do jeito intenso, ideal que vivemos às vezes, quase raramente. Mas a vida seria sem graça se fosse perfeita toda hora. Essas surpresas, esses esquemas, esses sonhos, esses detalhes que constroem quem somos e quem nos tornamos acaba andando por certos caminhos que seguem em direção a nossa vida.
Tenho que agradecer do fundo do meu coração por todas as pessoas especiais que eu conheci graças ao Keane! Do Brasil inteiro, Brasília, Curitiba (O cara idiota ainda soa no meu ouvido: " Eu vim de Cúretíbá, quero garanter meu logar), Rio, BH e afins.

E sem minhas darling groupies nada disso teria a menor graça:

Lena, a líder do movimento keaneano no Brasil, uma vez que é a futura mulher de Rich e vai liberar todas as entradas para nós. ( Se bem que eu vou pegar o Tom para mim...)

Céu, minha sogra que eu amei conhecer de verdade. A Louca mor!

Lu, a miss Keane Brasil, minha dupla de fotos mais toscas de 2009. Adoro.

Aline, por ter me aguentado surtando no show (como se ela não tivesse também)

Mika, a irmã normal da Gabe (como ela consegue?) hahah que ainda me explicou porque o Tom não ia cantar My SHADOW.

Gabe, a maior figura que eu conheço, louca, fofa, amante em conjunto do Jesse, que quase foi atropelada pelo Fresno. Que morte péssima...

Carol, que estava fora de si, cantando músicas bregas, que eu peguei um autografo e ela me deve sua vida ha, guardou a fila para gente durante a passagem de som ( e mesmo assim umas 30 pessoas entraram na minha frente, sendo que quando eu cheguei haviam umas 15 ou menos, mas ok.)

Beca, minha companheira oficial de shows do Keane e companheira dos melhores esquemas da vida!

Maria Lucia e Carol, mãe e filha, a mãe mais louca por Keane hahaha, super fofas que fizeram a faixa mais linda do mundo e que o TIM colocou no keyboard dele.

Teresa, uma das pessoas mais gente boa do mundo.

Meli, por ter entrado no nosso pacto que deu certo!

Nanny, nossa groupie mais recente e adorable AS WELL.

MC, a Demi Lovato, minha amiga surtada de Floripa.

Oz, por ter sido meu herói tanto em pegar o melhor lugar na pista quanto por me hospedar, me dando a chance de eu ter a mais experiência da minha vida.

Rafa, que pegou o cigarro do Tom, hahaha, me deu energético quando eu tava quase dormindo, fez um puta esquema que não deu certo, mas fica para a próxima.

Drano, por ter ido buscar a gente na rodoviária, no Hotel e não me batido nenhuma vez durante meus surtos.

e claro, ao Keane,
Tom
Tim
Rich.


Sem essas pessoas mega especias não teria graça viver. A vida seria cinza, vazia, não seria um esquema.
Um esquema mara e definitivo !

Ah...

Esqueci alguém?


Andy??????

Quem? HAHAHAHA. Ok, ele me deu uma água no show. Fizemos as pazes.



THANK YOU, GUYS!



Fim.

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