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17 de mar. de 2009

Keane Week - Parte 2 @ BH

Quarta-Feira, 11/03/09

No dia anterior, eu havia gritado, pulado, mal tinha comido e dormido. As mais de 12 horas de espera na fila havia valido a pena, sem dúvida. Contudo, eu estava quebrada, se piscasse, desmaiaria em sonhos profundos. Mesmo assim animada o suficiente para acordar feliz às 6 horas da manhã e enfrentar uma longa viagem pela frente de ônibus pelas estradas tortuosas da Fernão Dias. Minha mochila estava pronta e pesada, separei uma sacola com mantimentos (isso se chocolate e salgadinho entram nessa definição), a minha bolsa da Nike transversal lotada de coisas até de um livro - que obviamente nem cheguei a abrir para ler. Separei esses itens e deixei no chão da sala, esperando a Rebeca chegar. Ouvi meu pai cantando - claro que ele sempre faz isso, é uma das pessoas mais animadas que eu conheço e de manhã, assim que acorda, incrível - mas eu me surpreendi como na terça. Ele estava bravissímo porque eu ia para BH, nem tocava no assunto. Aliás, eu tinha até medo de falar a palavra "Keane" perto dele. Ok, inventei. O fato é que no começo, ele não queria deixar e nem não liberou meu dinheiro para viajar. Sorte que vendi alguns livros no sebo, com a ajuda indspensável da lábia de Becks. Ainda, ela me emprestou dinheiro para completar (que ainda estou devendo, mas já procurando um emprego para quitar!) Caso contrário, eu não teria vivido plenamente a melhor semana da minha vida. Com vinte minutos de atraso, às 7h50 o interfone tocou e respondi que eu estava descendo.

- Tchau, pai, tô indo!

- Tchau, querida. Tome cuidado. Peguei minhas coisas, girei a chave e a maçaneta, apertei o botão do elevador e desci. A Rebeca estava me esperando com a mochila enorme que havia me falado, daquelas de mochilão mesmo e o cartaz "KEANE Thank You" que rodaria o país. O porteiro abriu o portão e saímos cambaleantes com nossas tralhas. Rebeca começou a andar para a direita.
- Melhor irmos pela Rebouças, pegamos metrô na Paulista! - eu sugeri. - Verdade, bem melhor. - ela concordou.
- Mas será que vai dar tempo? - Eu tenho medo dessa tensão paulista do tempo. Tudo pode acontecer no meio do caminho: trânsito, OVNIS, homem grávido. - Dá sim. Chegando no ponto, os ônibus estavam lotados. Era a primeira hora do rush. Subimos num qualquer e ficamos na frente por causa da bagagem. Menos de dez minutos depois, descemos na Consolação e andamos até o metrô.
- Minha tia ficou super feliz com os encartes autografados.
- Sério?
- Ela começou a pular com o bebê no colo! - Hahahaha!
- Vamos descer no Paraíso ou Ana Rosa?
- Prefiro Paraíso, mas acho que a Ana Rosa vai estar menos cheia. Descemos na estação Paraíso para pegarmos a linha azul. Minhas estações depois, finalmente chegamos na Rodoviária do Tietê.
- Qual é a nossa plataforma de embarque?
- Seis!
- Tá escrito de 1 a 50!
- É por ali! Por fim, avistamos nosso ônibus. Nossa mochila foi etiquetada, entramos e sentamos - eu na janelinha! Dali umas oito horas, desembacaríamos em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais.
Veríamos o Keane mais uma vez. Seríamos felizes mais uma vez. Minha vida é muito boa e eu nem sei disso. Quem faz uma loucura dessas por uma banda? Poucos. Fanatismo? Eu não encaro dessa forma. Talvez eu realmente seja uma fanática. Mas não choro quando os vejo ou me desespero. Sinto-me inexplicamente feliz, viva de verdade, não me sinto como uma presença humana que só existe, respira e aguarda a morte.
Não. Eu sinto que vivo a vida e intensamente - e loucamente. Keane é "apenas" a trilha sonora dessa jornada magnifica que temos pela frente, nossa inspiração, nossa alavanca, nosso empurrãozinho. Sim. Porque se o Keane me ensinou algo e ensinou sem desconfiar, foi que acreditar e ir atrás de sonhos pode resultar em maravilhas surpresas que valem a pena. Que as coisas belas da vida podem acontecer conosco e rebaixa nossas trsitezas, angústias, medos, derrotas como insignificantes. Uma chuva torrencial tão perfeita que não importa se ficamos molhados e doentes.
No caminho, a Rebeca adormeceu algumas vezes. Eu mesmo cansada, não preguei os olhos.
Observei a paisagem comum só. Outras vezes, assistimos os vídeos do show e surtamos. Às 16h55, antes do previsto, chegamos a Belo Horizonte. Tiramos nossa bagagem e encostamos perto de um telefone público. Numa das paradas, eu havia comprado cartão telefônico para ligar para a Chefona e sua Amiga, para a Céu e Lena. Rebeca discou o número e conversou com a amiga, mas não dei jeito. Tudo bem, ainda tinhamos outros esquemas na manga. O amigo da Rebeca que eu só conhecia pela internet, o Drano, nos avistou e cumprimentou. Um fofo. Ele veio nos buscar na rodoviária. Logo, íamos nos encontrar com o Oz e o Rafa no tal do Savassi. Drano parou o carro no estacionamento do shopping. Aos meus olhos, até aquele momento, BH não tinha nada de diferente ou anormal. Mas o shopping de lá tem M.A.C. hahahaha! E lá tem outdoors! No caminho, o Drano passou em frente do Chevrolet Hall e vimos um do Keane lindo! A Rebeca gritou que nem uma louca e morri de vergonha. No shopping já, Rebeca perguntou-me se eu estava com fome, disse que não. Umas horas de passeio depois - inclusive até uma escola deles lá - voltamos para o shopping e ficamos na praça de alimentação e a Rebeca com seu notebook no wireless mineiro.

- Entra no twitter para ver se eles já chegaram, Beca!

Nós estavamos surtadas demais. Eu estava pondo maquiagem no meio do shopping, me preparando para não ficar tão horrível nas fotos com o Keane. Os meninos estavam completamente desacreditados eu nós iriamos deparar com Tom, Tim e Rich. E Beth e Andy! A Rebeca entrou no twitter deles e nós descobrimos que haviam chegado de manhã.

"Morning flight to Belo Horizonte. Zipped up all my bags and was headed for the hotel room door before I realised I wasn't wearing a shirt. T"

- T? Deve ser o TOM, Beca, ele nunca posta. O Tim sempre escreve "Love, Tim" ou algo assim. E meu Deus... sem camisa? Morri! Genteeeeeeee. Muito coisa do Tom isso!
- Eles estão aqui já!
- Mas qual hotel?
- Liga para o Ouro Minas e finge ser do Uai.
A Rebeca ligou, mas demorou muito. Oz e Rafa: Nem temos nada do Keane.
- Vão comprar o PS, agora, então! - e eles foram. Ok, não foi exatamente assim... inventei.

Rafa: Gente, simbora para o Ouro Minas.
- YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEES!
- Não to me aguentando essa Érica! HAHAHAHA!
- To surtandoooooooooooooooooooooo! Sorry! Eu, Rebeca e Drano voltamos para o carro no estacionamente. O Oz foi com o Rafa e chegaram lá no hotel primeiro. Assim que cheguei, perguntei para um segurança:
- Tem uma banda hospedada aqui?
- Olha, tem, mas não sei qual é.
- São uns gringos! Eles falam inglês.
- Bom, saiu um pessoal aí faz um tempo. Tem um careca tatuado e...
- É o ANDY! Certeza. Obrigada. Genteeeeeeee, eles estão aqui mesmo!

Era 20 horas ou quase isso. Ficamos lá sentados perto da porta, do lado de uma planta. Os meninos ainda desacreditados, desencanados. Eu e a minha parceira de esquemas estavamos aflitas, elétricas, ansiosas.

Segurança - Não pode sentar aí.

- Ah. - Levantamos.
- Será que a gente pode entrar e pedir informação na recepção?
- O lobby do hotel é reservado para os hospedes. - A gente não pode nem entrar?!
- Beca e Érica deveima ter pego a mochila e entrado! Fim.
- Boa, Drano! Mas já era.

A demora sem nenhum movimento tava me matando. Oz e Rafa foram entraram no shopping cuja entrada é no estacionamento do Hotel, foram ao banheiro e comprar pão de queijo e refrigerante. Beca fez o mesmo quando eles voltaram. Para variar, eu precisava fazer xixi e eu tava com fome. Mas jamais que eu ia sair de lá um segundo se quer. Oz e Rafa encostaram no muro do lado esquerdo e eu, Drano e Beca continuamos do lado da planta. Uns intantes depois, nos distráimos e voltamos a sentar.
- Gente, não podemos sentar aqui. - E eu levantei devagar, antes que os dois, mas antes de eu levantar totalmente tive uma visão de 2 milésimos. Um rosto que eu conhecia de algum lugar estava fumando. Eu vi entre os galhos da planta gigante que estava do nosso lado. O mundo parou. Parecia que tudo perdia velocidade, inclusive meu cerébro e as batidas do meu coração. Foi rápido demais, olhei pro rosto, olhei para o chão num impulso de descrença e espasmo. Não. Não. Não pode ser. Aqueles sapatos brilhantes. Os mais brilhantes que eu tinha visto na minha vida. Os mesmos sapatos que estavam no show anterior, que escorregaram no palco no meio de Crystal Ball. Vi e não pensei em nada, fui direto para sua direção. Meu cérebro, meu mundo, minha realidade pararam bruscamente.
- O Tom... - eu apenas sussurei para eles. Foi tudo o que eu consegui fazer e ainda pode ter certeza que foi muito.

- Hi, Tom! Do you remember me? I told you at the soundcheck I was supposed to give you the song I wrote.
- Yeah. - Ok, eu não lembro de nada o que ele falou aqui, mas ele disse alguma coisa. Eu estava dentro de um sonho que eu não queria nunca mais sair. Num filme que eu queria rebobinar e assistir 30 vezes a mesma cena sem parar.
Como eu tinha prometido - e a mim mesma - eu ia dar a música que escrevi para ele. Escrevo músicas desde os 13 anos, é algo comum, faz parte de mim. Depois do show em 2007, em abril e depois que descobri que o Tom era o maior drogado e tal, e foi para a Rehab, eu me inspirei, como em qualquer outra música e escrevi. Nunca pensei em dar para ele. A música, he. Foi só quando contei a Céu sobre isso e mostrei - e eu nunca mostro as minhas músicas, never ever ever. A Céu achou linda demais e insistiu na idéia que eu deveria mostrar ao Tom. Cogitei essa possibilidade e traduzi. eu havia separado e posto numa caixinha, mas na terça-feira, eu acabei esquecendo na sacola da Rebeca na fila. Mas enfim, o mundo dá voltas e eis que me deparo com a sorte novamente. Thomas Oliver Chaplin, dono da voz mais maravilhosa e encantadora do mundo, das bochechas mais adoráveis, da fofura mais sexy estava ali, na minha frente mais uma vez. Ele vestia um trent coat inglês azul marinho que eu paguei um pau - amo casacos, pergunte a minha mãe hahaha - e estava estiloso, sexy, rockstar dentro dele. Louco com sempre, escondido em mangas compridas mesmo no calor escaldante do Brasil e intenso de Belo Horizonte. O Tom pegou o papel que eu dei para ele e começou a ler. Oz e Rafa chegaram até ele ofegantes e com cara de "não estou acreditando nisso, me dá um tapa na cara!"

- I wrote you a letter too here. - eu disse. E aí, como o pessoal queria tirar foto, ele colocou minha música no bolso. No bolso daquele casaco maravilhoso. Quero um igual, como faz? Depois, nos juntamos ao lado dele para tirar uma foto em conjunto. Rebeca pediu ao segurança legal para tirar a foto. Eu ainda sem pensamentos na mente, só nos impulsos tietes, agarrei - agarrei - agarrei - agarrei - agarrei a barriga do Tom, num abraço. E notei como ele é quentinho e macio. Muito macio, queria ficar assim para sempre. Ele é delicioso! HAHAHAHA. Nunca fui tão puta na minha vida. me senti uma groupie master, mas eu tinha que aproveitar o momento. Rebeca: We'll wait you finish your cigarette. - Thank you. E aí, ele andou um pouco do outro lado. Continuou a fumar, olhou de soslaio para nós. veio um menino do nada e tirou foto com ele. Um dos meninos, não lembro qual agora, zuou o cara.
- QUE! Nem conhece e tira foto.
- Viu que é famoso e aproveitou - eu disse. Tom Chaplin voltou para conversar com nóis. Ele aparatou. Rebeca
- The Sao Paulo Gig was A-M-A-Z-I-N-G. - Thanks. - não lembro o que ele disse exatamente. Ele estava autografando os encartes dos meninos e a Rebeca jogou a cãmera para mim. Foi nesse momento que eu tirei a foto mais espontânea e foda do século. Tom autografando o encarte do Oz plus a cara do Oz de felicidade mega impagável. Foi sem querer, foi o impulso. E ficou MARA. Logo, eu tirei uma foto com ele. Sem abraçá-lo de novo. Mimimimi. Rebeca me pediu para tira um afoto com ele. Eu peguei a câmera e tremi demais. a câmera sacolejava na minha mão. Fiquei mega sem graça.
O Tom riu.
- Ham, Tom... Is Tim and Rich there? - eu perguntei sem graça ainda, meio intrusa. Mas ele era fofo demais da conta e me respondeu sincero:
- No. They went out for dinner. And I did not coz I'm tired.I'll run out to bed.
- Oh, Ok, thanks, we'll wait. Sleep well!! Good night and see you tomorrow! Gente, que fofoooooooo. como pode existir uma coisa dessas? O Tom é de outro mundo. A Rebeca ficava dizendo "sorry, bothering you!" e o Tom ria e disse "That's OK!" Eu morri nessa hora! Terminado nossa sessão "não acredito que o Tom dsceu para fumar/eu apalpei a barriga dele", nos despedimos dele.
- Sleep well! - Bye! Eu obsservei ele entra no lobby e desaparecer. Aquele casaco esvoaçando e dançando sobre sua aurea. Perfeito. As próximas cenas de surto são proibidas para pessoas normais. Então, vou resumí-las.
- Ele SAIU PRA FUMAR no exato momento em que estávamos esperando no hotel. FIM!- Drano repetia extasiado.
- EU VI ELE FUMANDO! A Céu vai morrer quando eu contar para ela!
- Quem desce assim para fumar?Eu colocaria umas havainas e uma regata. Desceria fuleiro. E gente, ele não fuma dentro do quarto!

Meu DEUS! Eu vi o Tom Chaplin!Eu entreguei a música que tinha escrito para ele em 2007 e ele colocou no bolso. Eu apalpei a barriga dele e ele é macio. Meu Deus, como ele é macio. Estiloso demais. Quem desce de trente coat azul marinho, plus aqueles sapatos brilhantes e chiquérrimo para fumar? [2]
Não, quem desce e sai para fora do Hotel para fumar? O Tom é muito cheiroso. Ele não tem cheiro de cigarro. Acho que o cigarro dele é tão bom que nem fede. Oz e Rafa foram atrás do cigarro HAHAHAHAHAHA, e acharam o dele, apertado, um Malboro Light. Rafa
- Quem fuma Malboro Light?! Vou emoldurar!
- Eu acho que ele tá tentando parar de fumar! E olha, eu começei uma campanha para ele para de fumar! O tempo todo pensei em dizer para ele "quit smoking" e pegar um autografo para minha irmã, mas não consegui dizer mais nada! Nosso surto durou mais do que meia hora. Tem até filmado.
Depois disso, esperamos duas horas e pouco a crew, Tim e Rich. Foi uma tortura que valeu muito pena.
O segurança careca e mal humorado que não deixou a gente sentar, virou nosso BFF. Quando deu umas 21h40 ou mais, Rafa e Drano deixaram o carro no estacionamento do Ouro Minas. Eu pensei "Talvez assim o cara perceba que a gente não vai embora tão cedo e nos ajude!" Pois foi o que aconteceu uns 15 minutos ou menos depois.Segurança Careca - Como vocês foram legais comigo, serei com vocês. Podem ficar sentados ali do outro lado.Aqui não pode mesmo. E... Olha, eles saíram faz tempo e vão chegar numa van prata. Aliás, são duas vans.
Tudo tinha o seu esquema. E o esquema da vez era dinheiro. Agradecemos ao segurança careca do fundo do coração. Eu não tava mais aguentando ficar em pé. Fomos para o lado esquerdo do estacionamento e ficamos lá. a Rebeca começou a mostrar as fotos de NYC para os meninos e eu tremer de frio e a pentear o cabelo. É, com um puta vento... ¬¬
Vários carros chegaram e davámos uma olhada para conferir. Lá pelas 22hs e alguma coisa, uma van deslizou pela entrada do Hotel. Estava escrito "Banana Veloz" (lenda) e era prata. Levantamos na hora e fomos para o lado esquerdo. Beth a crew desceu do carro. Surtamos. Depois, Beca a chamou para nós colocarmos nosso esquema em ação. Beth super elegante com um chale chique como cachecol. Estava um vento fresco, os trajes eram meio exagerados.
Beca - Hey, Beth, can we talk for a second?
E aí sobrou para mim. Eu estava tremendo, meu inglês ficou péssimo! Sem sotaque e tudo errado.
- Hey, Beth. Do you rember us? We're yesterday at the soundcheck.
- Yes, I do! - Até parece, mas ok. Bom, vai saber. Ela e o Andy conversaram comigo um tempão e eu amo MY SHADOW como ela.
- Ham, we talked to the label - LABEL a Rebeca me corrigiu. - Sorry, label. And they wont be here at BH to let us get in the soundcheck, so, can you help us? - Na verdade eu não lembro muito bem o que eu disse a ela, mas foi algo assim.
- But you guys already watched yesterday. - I haven't! - Rafa yelled.
- Yes, but we are representing the official fan-club here. - eu disse entre balbúcios.
- Sorry, we have a number out of limit. And I can't help you, sorry. - Oh, ok, thanks anyway. Good night.
Bla bla bla. Se a manager da banda não pode ajudar, quem pode? Chapolin Colorado? Ok, awful. Eu tremi. Me senti uma intrusa, talvez a Beth não fosse mais minha BFF.
Fiquei mal, sério.Eu queria muito mesmo assistir a soundcheck em BH. Eu havia prometido a Lena, a Céu e ao resto do fã-clube representar muito bem a gente lá. E eu tava viciada em vê-los cara a cara, como uma droga. Eu precisava de mais uma dose.
Mas a gente se lembrou, havia o Andy ainda.
Não sei quanto tempo depois, mas foi rápido, logo em seguida, veio a segunda van prata. Meu Deus! Eu ia ver, tocar e tirar foto com o homem mais bonito do mundo em instantes. Avistei o Rich dentro da van, de verde planta. Ele sempre usando camisetas estilosas e coloridas. Corremos para lá. Alex, o fotográfo deles, Andy e umas pessoas desceram da van, seguidos de Tim, Rich e Jesse sorridentes.
Tinha muita gente da crew da porta do hotel que eu fiquei até confusa. Uma mulher super fofa e simpática, a guia deles acho, começou a conversar comigo muito. Eu queria ir lá tirar fotos, estava nervosa, surtada, tudo. Não mandei ela calar a boca porque era muito fofa e eu muito educada! haha. Parte da nossa longa conversa:
Mulher fofa que não parava de falar: How did you know they were here? - We just did! We came here and...
- Its because always the famous come here?
- I guess! I'm from Sao Paulo! - Really? - ela se espantou. - Yeah! We just got here. After 8 hours of trip. And also 13 hours on the line of the gig yesterday.
- Wow. Disse mais alguma coisa e não lembro. Acho que depois mecionou o Tom. - I just met Tom here, a couple hours ago. We talked to him and took pictures.
Depois disso e muito mais, larguei ela para tirar fotos com eles!
Quer dizer, não lembro exatamente da ordem das coisas. Acho que a foto que tirei com o Tim e o Jesse foi antes! Eu estava morrendo para tirar uma foto com o Rich, uma vez que não tirei da outra vez. E o Rich parecia estar de saco cheio, igual na soundcheck. Queria entrar no hotel e voltar depois, não entendi direito. mas seu mal humor era notável e definitivo.
Quando pedi para o Jesse para tiramos uma foto, ele me virou bruscamente e agarrou hahaha e a foto ficou ótima! Já com o Tim, eu sempre ficou horrível. Ele suga a beleza miserável que a gente possui. E como ele tá meio gordo, não saiu bem. Dane-se.
Depois que todo mundo tirou fotos com eles - lembrando que só eu e a Rebeca temos uma foto com o Jesse na história (finge) Fim. - Eles entraram no lobby e ficaram conversando lá. Rebeca estava convesando com o Andy. E eu... não sei o que eu pensei naquele momento, bom, nada, porque eu não penso nessas horas surtadas, e foi muito automático, tirei uma foto do vidro do hotel, tipo da porta. Sou a maior babaca, eu sei.
O Andy parou de falar com a Rebeca (ela disse, não tira foto do vidro! E eu, foi sem querer.)
E me deu uma bronca. Foi suave, naquele sotaque britânico dele, calmo, ele falou de boa, mas preferia que tivesse gritado. Foi só um "não faça isso, querida!", mas foi péssima, me senti horrível. Queria chorar. Parecia que eu estava ofendendo, mal tratando o Keane. O Keane que eu tanto amo e que são tão fofos comigo e eu sendo uma idiota! Ele disse que eu podia atrapalhar a privacidade as outras pessoas no hotel. E que o Keane sempre tira fotos com os fãs e tal, não precisava fazer isso, algo assim.
- Sorry. Eu disse, querendo evaporar ou morrer.
Ele sorriu e me cumprimentou com um soquinho na mão ( isso virou lenda também). Depois disso, entramos no carro do Drano e fomos embora. Ainda a Rebeca filmou eles caminhando pela rua, mas foi só.
Eu havia visto o Tom, Tim, Rich e tirado fotos. Até com o Jesse. Conversado com eles e ainda dado a minha música para o Tom. Apalpei o Tom também. Mas eu me sentia triste e infeliz por dentro. Porque aquele momento mágico havia terminado. Como tudo na vida. A vida, repleta de momentos bipolares. Alegrias, conquistas, sonhos realizados e depois, tudo isso acaba. Quando damos um sorriso, logo ele se desmancha. Não é um sorriso, uma felicidade para sempre. E facilmente pode se transformar numa angústia dolorida. A vida realmente era um sonho metade pesadelo: maravilhosa, mas assustadora porque a gente sabe que acaba. Até chegar na casa do Oz, fiquei de cara. Eles ficaram tentando me animar.
- Não fica assim por causa do Andy! Ele te perdoou! Vocês são super BFF!
Andy... Quem?
Nossa, como eu estava exausta. E ainda tinha mais o dia seguinte de espera na fila. Eu estava me suicidando.

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