Não é a toa que Keane é a minha banda preferida, encontro a essência de minhas verdades absolutas neles. Têm razão em parte com a música
Love is the end. Amor é o fim, o fim de tudo. É feliz para sempre. Achamos que o amor é o fim porque na verdade é o começo da vida. Quando vamos alcançar a plenitude, essa que passamos tanto tempo procurando em lugares improváveis, que buscamos em cada segundo, e que depois de tantas dores, de tanto sofrer, finalmente conseguimos, conquistamos, vencemos, ganhamos. Chega o fim, o amor. Mas do outro lado, não, o amor não é o fim. Não há amor do outro lado, há luto. Suicidamos-nos porque desistimos centenas de vezes e morremos por dentro milhares de vezes ao não sorrir mais, ao não amar mais. Escondemos-nos em uma escuridão invisível. Quando terminamos um namoro, voltamos à realidade e temos medo de recomeçar outra relação, de se machucar de novo. O recomeço é mais doloroso do que a inércia. Vamos ficar no escuro até o fim real. Vamos afundar sozinhos, não teremos nada além de nossa pele. No fim, vamos ver que eram apenas quebra cabeças, seria complicado, mas divertido e gratificante, valeria a pena. Mas já estamos no fim do lado real.
O amor foi um beijo mortal.
E nós nos deixamos morrer.
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