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22 de ago. de 2009

A Vila dos Esquecidos

Todo mundo teme a solidão. Ela conforta. Ela enlouquece. Mas o medo real , o mais oculto de todos, é ficarmos sozinhos, apenas nós mesmos. Ninguém confessa. Ninguém suporta. Ninguém sabe lidar com isso. Ninguém sobreviveria sem uma pessoa ao seu lado. É como a natureza funciona.


Da mesma forma que a violeta no seu jardim precisa da luminosidade do sol para fazer a fotossíntese, da mesma forma que as árvores transformam gás garbônico em oxigênio durante o dia que necessitamos respirar.
Se bem que nós humanos derrubamos muitas delas, e nos auto-destruimos, nos suicidamos. Também plantamos sementes para outras nascerem um dia, colhemos frutos, regamos flores. Nós somos a natureza, um organismo vivo, interligados um ao outro, incluvise a animais como pássaros, gatos, hamets, cachorros. É uma cadeia emocional.


Você segura uma novidade dentro de si por muito tempo ou já a liberta a parentes e amigos próximos de uma vez? Consegue sufocar uma angústica pesada por muito tempo antes de enlouquecer?
Criar um mundo só com suas próprias ideias sem dividi-las com ninguém? Consegue morrer sem compartilhar os melhores momentos da vida com alguém? Ou sua vida é um capítulo resumido e insignificante na História?
Nós não guardamos o mundo que criamos só para nós. Nem os egoístas. Nós espalhamos por aí, deixamos nossa marca visível ou invisível, nosso rastro, A solidão faz parte do organismo vivo que são as relações interpessoais.
Você simplesmente precisa de outra pessoa. Você precisa dela para sobreviver, mas não depende dela para viver.
Por muito tempo eu fiquei realmente sozinha numa multidão sem face. Eu habitei solitariamente a Vila dos Esquecidos. Mesmo lá, os inconsequentes encontraram ponderação. Os irresponsáveis encontraram seriedade. Os loucos seu juízo, os pecadores sua redenção. Os instáveis seu equilíbrio, os ignorantes sua existência, os virgens sua culpa, os solitários sua solução enquanto em meu caminho eu só encontrava o nada. Até que um dia, no fim do mundo, eu encontrei a mim mesma.

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