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12 de set. de 2009

Purpurina em cinzas

Vejo por aí a ilusão de que os gays são muito mais aceitos, muito mais queridos e tal. Aff, quanta hipocrisia, Brasil.
Eles estão mais estereotipados do que nunca, a linguagem deles está totalmente banalizada e existe um absurdo preconceito onipresente por aí. Vai, Brasil, acorda.

O homossexualismo é um tabu ainda. Ou você nunca deu ou viu olhares tortos, aquelas risadinhas e comentários aos sussurros?

E acredite, gays morrem até hoje por simplesmente serem gays enquanto criminosos estão vivendo livremente por aí. No sul do país, não lembro quando, em um ano e um mês, 13 homossexuais morreram assassinados. Eu acho que falsamente aceitam e divulgam a homossexualidade em quantidade, mas sem valor e escondem a homofobia como se ela não existisse mais. Aí, dá mesmo a impressão que o mundo está mais aberto, mais respeitoso.

Quantos sabem que a Organização Mundial da Saúde retirou a homossexualidade da lista de doenças somente em 1993? Que a homofobia já foi classificada como crime em algumas leis estaduais, mas não ainda na legislação nacional e por isso o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc pediu a criação de uma lei para tipificar a prática da homofobia como crime? O que realmente significa a bandeira gay?

Para quem não sabe, ela foi desenhada na década de 70, acho que foi em 76, 77 por um artista plástico chamado, Gilbert Baker. Ela representa a diversidade sexual e suas cores também possuem um significado. O roxo representa vida; laranja, coração; amarelo, sol; verde, natureza; azul anil, harmonia e violeta, espírito. Rosa e turquesa, tiraram porque não cabia, eu acho, e representavam, sexo e arte.

Falam de gay e nem entendem nada sobre eles. Falam de seus símbolos e não sabem o que quer dizer. Só para dizer "Oi, somos liberais!"
A nossa cultura vai levar mais uns bons anos (se não séculos) para deixar de ser libertina e ser respeitosa com as diferenças.


Se encararmos a realidade como natural, não seguramos impressões e exclamações absurdas. A TV faz de propósito, ama causar, gerar polêmica. Divulga que terá "o primeiro casal gay, o primeiro beijo gay da televisão, blá blá blá". Isso é sensacionalismo puro! Super ridículo. A luta contra o preconceito ficou desgastada.

Não permitem que façam isso com vocês. Purpurinem e glamourizem, mas reinvidiquem.

11 de set. de 2009

O jornalista como vontade e representação

Enquanto não tenho inspirações para postar aqui no blog, vou fazer uma chamada para o especial da Revista Pandora com entrevistas de Alberto Tamer, Rafael Cortez e José Salvador Faro.

Uma prévia:



O jornalista como vontade e representação
As teorias metafísicas do passado, presente e futuro da profissão

Em decorrência dos últimos fatos que apunhalaram o jornalismo - que indiretamente interferem nos interesses da sociedade - a Revista Pandora fez um especial exclusivo com três entrevistados cujas experiências e/ou ideias representam o passado, o presente e o futuro do jornalismo.

O futuro do jornalismo é também o futuro da sociedade. O profissional se compromete a defender os interesses públicos. São procuras pela verdade, rejeições às mentiras. O jornalista é o quarto poder: ele pode estar onde o povo não pode, ele diz aquilo que silencia inocentes, ele luta contra as armas indestrutíveis das autoridades.

Como Clóvis Rossi define: "Jornalismo, independentemente de qualquer definição acadêmica, é uma fascinante batalha pela conquista das mentes e corações de seus alvos: leitores, telespectadores ou ouvintes. Uma batalha geralmente sutil e que usa uma arma de aparência extremamente inofensiva: a palavra, acrescida, no caso da televisão, de imagens. Entrar no universo do jornalismo significa ver essa batalha por dentro, desvendar o mito da objetividade, saber quais são as fontes, discutir a liberdade de imprensa no Brasil."



(*) O título desta matéria foi inspirado no livro "O Mundo como Vontade e Representação" de Arthur Schopenhauer.
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